Depois de um bate-boca do ministro Paulo Bernardo com o senador Zezé Perrela (PDT-MG) sobre a instalação de antenas Wi-Fi nas arenas da Copa do Mundo, o ministro informou que, ao contrário do defendido por Perrela, não foi uma questão financeira que impediu a instalação das antenas Wi-Fi nos estádios.
Bernardo explicou que a negociação das teles com os estádios para instalar a cobertura indoor previa a utilização de antenas Wi-Fi. Acontece que alguns estádios impediram que as teles usassem essas antenas porque eles próprios irão oferecer o serviço nos estádios.
Para o senador Zezé Perrela, que já foi presidente do Cruzeiro, as teles se negaram a pagar um aluguel de R$ 10 mil e, por isso, não houve acordo com os administradores das arenas. "É um absurdo, a gente vai deixar de ter Wi-Fi por causa de R$ 10 mil. É preocupante deixar de fazer acordo por uma mixaria de dinheiro", disse Perrela.
Na semana passada, o presidente-executivo do SindiTelebrasil, Eduardo Levy, informou que seis estádios ficaram sem a cobertura Wi-Fi. São eles: o Itaquerão, em São Paulo; Mineirão, em Belo Horizonte; Arena da Baixada, em Curitiba; Arena Pernambuco, em Recife; Castelão, em Fortaleza; e Arena das Dunas, em Natal.
Perrela defendeu que o ministro tivesse uma atuação mais direta na negociação entre teles e administradores. Já o ministro Paulo Bernardo, por outro lado, considera que se trata de uma relação privada e, por isso, disse que não vai intervir, provocando Perrela, que é ligado ao futebol, a intervir. "Vossa senhoria poderia ir lá conversar. O que vão achar de um paranaense indo a Minas para resolver isso?".
Com ou sem Wi-Fi, Paulo Bernardo já adianta que a qualidade do serviço vai ser ruim. "Você põe 50 mil, 60 mil pessoas dentro de um estádio, mesmo com antenas 3G e 4G o serviço vai ficar lento. Vai haver dificuldades. A exemplo do que acontece com o Sírio em Belém, com o réveillon no Rio de Janeiro. Se você põe uma multidão lá no lugar, o serviço vai ficar lento", disse ele.
