A operadora de telefonia fixa e celular Sercomtel e a TV Tarobá (afiliada da Bandeirantes), ambas de Londrina/PR, firmaram um acordo para analisar a oferta de IPTV na área de atuação das duas empresas. O projeto ainda é embrionário, mas o objetivo é usar a rede da operadora de telecomunicações, que tem 250 mil clientes, dos quais 150 mil são fixos, e o conteúdo da Tarobá. ?Estamos fazendo um estudo para a digitalização de nosso acervo, e isto gera 5 horas diárias de conteúdo só sobre a cidade?, afirmou Gelson Negrão, editor chefe da emissora que é uma afiliada da Rede Bandeirantes de Televisão.
As imagens da Tarobá em sinal aberto atingem o Oeste, Sudoeste, Noroeste, Centro-Oeste, parte do Sul e do Norte do Paraná, além do Norte da Argentina e Leste do Paraguai, compreendendo uma população com mais de 4 milhões de habitantes. A emissora transmite pelo satélite B-3, com imagem digital cobrindo toda a América do Sul. Mantém também o sinal da programação local disponível na internet.
Embora ainda não tenham definido detalhes do projeto, o gerente de marketing da Sercomtel, Lourival de Medeiros Nóbrega Filho, acredita que o preço não será problema em sua região. Em Londrina, o cliente paga cerca de R$ 60 por mês por um provedor mais o serviço de banda larga – cerca de 15% dos assinantes da operadora tem ADSL. Com IPTV, o cliente poderia descontar o serviço tradicional de voz. ?Então, o serviço de IPTV não seria caro?, opina. Para ele, a maior dificuldade é o acesso ao computador.
Nova forma de ver TV
Ainda assim, o gerente da Sercomtel destaca que o maior enigma é o modelo do negócio. Ele observa que a IPTV deverá amadurecer em dez anos e será destinada, portanto, aos jovens que hoje estão pouco acima da faixa de 10 anos. Este público está acostumado a usar a internet, acessando simultaneamente filmes, jogos, mensagens online e outros entretenimentos. Por isto, acredita que a oferta de conteúdo na IPTV terá de levar isto em consideração e oferecer um novo modelo de conteúdo.