M&As em telecom e mídia caem 6,5% em 2023, aponta KPMG

Foto: Pixabay

As fusões e aquisições no setor de telecomunicações e mídia registraram queda de 6,5% em 2023, resultando em 57 operações. Para efeito de comparação, um ano antes foram 61 negócios. Os dados constam em uma pesquisa da KPMG realizada junto a empresas de 43 setores da economia brasileira.

Ao todo, os setores de tecnologia, mídia e telecomunicações tiveram 725 fusões e aquisições no ano passado, um recuo de 26% na comparação com 2022, quando foram 984 transações. Dessa forma, os três setores representam cerca de metade (48%) dos M&As no Brasil em 2023, totalizando 1.505 negócios deste tipo, um recuo de 13% versus o ano anterior. 

A pesquisa envolveu companhias nos segmentos de tecnologia da informação (345), empresas de internet (299), telecomunicações e mídia (57), publicidade e editoras (24). Essas são transações identificadas pela KPMG, pois no setor de telecom, especificamente, muitas operações acontecem fora do radar.

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"A queda das operações do setor está bem próxima da média nacional e essas são as empresas que mais contribuem, historicamente, para a quantidade de fusões e aquisições. A diferença mais expressiva ocorreu no segmento de empresas de internet, o que ajuda a explicar a diminuição na comparação de um ano com o outro. A expectativa para o futuro é de recuperação no número de transações com a melhoria de indicadores econômicos", afirma Márcio Kanamaru, sócio-líder de tecnologia, mídia e telecomunicações da KPMG no Brasil, em comunicado.

Tendências em M&As

Apesar da queda de 13% em 2023 (em 2022 foram 1.728), os dados de todas as fusões e aquisições do país atuais são superiores a 2020 (1.117), 2019 (1.231), 2018 (967), 2017 (830) e 2016 (740).

Para o sócio da área de fusões e aquisições da KPMG no Brasil, Paulo Guilherme Coimbra, isso indica que mesmo com a retomada dos M&As no Brasil, o ano passado foi menos aquecido do que o anterior, conforme o previsto.

"As razões estão no aumento global de taxas de juros, que afeta a liquidez e a redução do número de transações global, e, também, em função de instabilidades geopolíticas globais. Ainda assim, devemos recuperar o número de transações em breve com a melhoria de indicadores econômicos nacionais", diz Coimbra.

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