A Nokia registrou um aumento orgânico de 12% nas receitas da América Latina ao longo de 2022, revelaram números consolidados divulgados pela fornecedora. O ritmo de crescimento na região foi mais intenso que a performance global da empresa.
Ao todo, o faturamento total do grupo somou 24,9 bilhões de euros em 2022 (cerca de US$ 27 bilhões), em salto orgânico de 6%. Do montante, 1,223 bilhão de euros (cerca de US$ 1,3 bilhão) vieram da região que tem o Brasil como um dos mais importantes mercados.
"As vendas líquidas na América Latina aumentaram principalmente devido às divisões de infraestrutura de rede [fixa] e redes móveis", afirmou a Nokia em balanço. No primeiro caso, a fornecedora aponta uma performance particularmente forte na região e na Europa, ajudando um salto global de 10% nas receitas da vertical de infraestrutura fixa.
Sobre as redes móveis, a empresa sinalizou crescimentos mais pujantes na Europa e na Índia, ainda que a América Latina também tenha avançado, bem como a região da Ásia-Pacífico. Já o mercado na América do Norte começou a dar sinais de declínio ainda em 2022 – levando a um crescimento orgânico de 3% para o principal negócio da Nokia.
A notícia negativa em território latino-americano foi o desempenho da divisão de cloud e serviços de rede: a vertical cresceu 2% globalmente em termos orgânicos, mas recuou no faturamento na América Latina e também na Índia.
Jà um aspecto comemorado foi o crescimento da demanda de clientes corporativos: as receitas da Nokia no mercado empresarial cresceram 21% organicamente, para 2 bilhões de euros, com ajuda de implementações de redes privativas. Já as operadoras de telecom seguem como principais compradoras, com 19,9 bilhões de euros gerados em receitas e crescimento de 3%.
Crescimento
De forma geral, os resultados da Nokia em 2022 foram valorizados pelo presidente e CEO da fornecedora finlandesa, Pekka Lundmark. "Dissemos no começo do ano que este seria um ano de aceleração e entregamos o que prometemos", afirmou o executivo – colocando desafios geopolíticos, logísticos e econômicos como barreiras.
Ainda assim, o lucro em uma base comparável atingiu 2,4 bilhões de euros no consolidado de 2022 (alta de 18%). A margem operacional média do grupo ficou em 12,5% no ano, mas encerrou o quarto trimestre 15,5%. Em 2023, a Nokia espera novos 25 bilhões de euros em receitas.