Mitigação em estações profissionais na banda C será concluída neste ano

Etapa necessária para liberação da faixa de 3,5 GHz para o 5G, a mitigação de possíveis interferências do serviço em estações profissionais de serviços fixos de satélite (FSS) deve ser concluída ainda em 2023, sinalizou a EAF, responsável pela execução dos trabalhos.

O cronograma foi compartilhado nesta terça-feira, 26, pelo diretor de operações da EAF, Antonio Parrini, durante o primeiro dia do Congresso Latinoamericano de Satélites, promovido pela Glasberg Comunicações e TELETIME no Rio de Janeiro. "Até o final do ano a gente termina essa etapa", projetou o profissional.

Segundo Parrini, já há hoje seis estados onde o processo de instalação dos equipamentos contra interferências nas estações profissionais foi 100% concluído: o próprio Rio, Roraima, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Amapá. Nos dois últimos casos, a conclusão do trabalho ao lado de radiodifusores foi realizada nesta última segunda-feira.

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Ao todo, quase 20 mil estações FSS foram identificadas no País para as iniciativas de mitigação de interferências ou desocupação por conta da licitação do 3,5 GHz para operadoras 5G. Durante a pandemia problemas logísticos chegaram a ameaçar o ritmo do processo, em questão agora superada, aponta a EAF.

Além das etapas envolvendo o FSS, usuários residenciais da banda C para recepção de TV estão sendo migrados para a banda Ku, inclusive com subsídio para inscritos em programas sociais do governo federal. Esta etapa também está avançando mais rápido do que o esperado, acarretando em mais de 2 mil municípios que concluíram todas as fases do processo – e onde a ativação de serviços 5G em 3,5 GHz já é possível.

3,7-3,8 GHz

Durante o Congresso Latinoamericano de Satélites, Márcio Brasil, gerente geral da Intelsat no País, comemorou que a mitigação nas estações profissionais não tenha gerado problemas entre clientes da operadora, como chegou a temer o setor satelital. 

Por outro lado, o executivo sinalizou que processo similar em outra porção da banda C mirada por serviços 5G – a faixa entre 3,7-3,8 GHz – seria consideravelmente mais complicado. "Se um dia for feito isso, vai ser processo muito mais complexo do que esse porque há muitos serviços acima de 3,7 GHz. São muito mais do que havia entre 3,6-3,7 GHz e muito mais capacidade, usuários e estações", apontou Brasil.

Hoje, serviços de redes privativas 5G são permitidas nesta faixa mais alta, mas em ambientes indoor e em baixa radiação nos casos outdoor. Em órgãos internacionais a Anatel defende a destinação do espectro para serviços móveis, mas sem interferir em quem opera atualmente no 3,7-3,8 GHz. Não há previsão de possível licitação da faixa – mas a Intelsat avalia que isso não deve ocorrer no médio prazo e que não há necessidade atual de mais espectro da banda C entre operadoras móveis. 

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