O principal objetivo da plataforma de WiMax da Sprint Nextel e seu Xohm nos EUA é, pura e simplesmente, banda larga, explica a esse noticiário Barry West, CTO da Sprint e presidente da Xohm. Segundo West, não se pode pensar em vídeo, voz e dados da maneira tradicional quando se fala em WiMax. "Não pensamos em oferecer vídeo no modelo das televisões por assinatura, nem vamos substituir o bom serviço de voz que as celulares oferecem. O que estamos fazendo é entrando no mercado de banda larga com uma plataforma feita para isto e recriando os outros serviços", explica West. Em relação ao serviço de vídeo, a aposta da Xohm é que nos dispositivos portáteis e móveis não se pode oferecer o mesmo que as empresas de TV oferecem. "A resposta está em novas formas de consumir vídeo que estamos vendo hoje. O empacotamento tradicional e o conteúdo tradicional não fazem sentido no mundo da mobilidade."
A Xohm inicia suas operações no final do ano, com o soft launch em algumas cidades. Em abril começam as operações comerciais. Até aqui, a Sprint investiu US$ 2,5 bilhões no projeto e pretende ficar focada nos EUA. "Queremos ajudar a desenvolver a tecnologia e os serviços em todo o mundo, inclusive no Brasil. Vamos trocar experiências com operadores brasileiros, mas não temos interesse em investir fora dos EUA", diz.
Investimentos fora
É uma visão ligeiramente diferente da Clearwire, uma empresa norte-americana que está investindo mais fora do que dentro dos EUA em empresas que têm licenças para operação em faixas que podem ser usadas para WiMax. Segundo disse a este noticiário Scott Richardson, chief strategy officer da Clearwire, existe interesse em investimentos em países como o Brasil, mas nada que possa ser anunciado ainda. A Clearwire tem um acordo com a Sprint para atender o mercado norte-americano e está focada principalmente no segmento residencial de banda larga.