Mapear o cenário da conectividade de escolas e comunidades vizinhas é um primeiro passo para garantir a todas as crianças acesso a oportunidades de aprendizagem digital. É com esta premissa que Ericsson e Unicef anunciaram nesta quarta-feira, 26, uma parceria global para ajudar a mapear a conectividade escolar em 35 países, até o final de 2023.
A parceria faz parte da iniciativa Giga, lançada no ano passado e liderada pela Unicef e União Internacional de Telecomunicações (UIT). A ação tem como objetivo conectar todas as escolas à Internet. A Ericsson é o primeiro parceiro global do setor privado a assumir um compromisso multimilionário com a iniciativa e o faz como Parceiro Global do UNICEF para o Mapeamento da Conectividade Escolar.
Exclusão digital
Segundo dados da UIT, atualmente 360 milhões de jovens não têm acesso à Internet. Isso resulta em exclusão, menos recursos para aprender e oportunidades limitadas para que as crianças e jovens mais vulneráveis explorem totalmente o seu potencial. "O aprofundamento da exclusão digital é uma das muitas desigualdades que a pandemia da COVID-19 ressaltou", afirma Charlotte Petri Gornitzka, Diretora Executiva Adjunta de Parcerias do Unicef. "O fechamento de escolas, e as oportunidades limitadas ou inexistentes de aprendizagem remota, mudaram a educação das crianças em todo o mundo. Nossa parceria com a Ericsson nos deixará mais perto de dar a todas as crianças e jovens acesso a oportunidades de aprendizagem digital".
Além do financiamento, a Ericsson destinará recursos para engenharia de dados e capacidade de ciência de dados para acelerar o mapeamento da conectividade escolar. Especificamente, a empresa ajudará na coleta, validação, análise, monitoramento e representação visual de dados de conectividade escolar em tempo real. As informações coletadas permitirão aos governos e ao setor privado projetar e implantar soluções digitais com esse foco. A companhia também envolverá a base de clientes para avançar nas metas da iniciativa Giga.
Acesso gratuito à Internet
Em posicionamento publicado em maio, a Unicef defendeu que os beneficiários do programa Bolsa Família, ou aqueles cuja renda mensal familiar per capita seja inferior a R$ 178 mensais, tenham acesso gratuito à Internet. A organização internacional também propôs ao Governo Federal e às empresas de telecomunicações que invistam para prover o acesso livre à internet para todas as famílias vulneráveis.
Segundo entidade, ter acesso à internet é fundamental para que crianças e adolescentes possam exercer plenamente seus direitos. "Em tempos de coronavírus (covid-19) e isolamento social, a rede se torna ainda mais importante para garantir a continuidade da aprendizagem, manter contato com amigos e cuidar da saúde mental, se proteger contra a violência e ter acesso a informações confiáveis", afirma a Unicef.
Em reunião com Florence Bauer, a representante da Unicef no Brasil, em julho, o ministro das Comunicações, Fabio Faria, assumiu o compromisso de ampliar o acesso à Internet a jovens que não possuem o serviço. O problema ficou evidente durante a pandemia, forçando o inclusive o adiamento da prova do Enem, já que muitos alunos não tinham como acompanhar aulas de maneira remota por falta de conectividade.
Recentemente, Ministério e a Telebras ativaram um ponto de Wi-Fi público no município de Ipanguaçu, no Rio Grande do Norte, como início de um novo programa para acesso à Internet (o Programa WiFi na Praça).
Enfim, uma Empresa Privada, a Ericsson percebe a importância de associar a sua marca de capacitação tecnológica, para atender aos menos favorecidos. Parabéns aos Dirigentes pela iniciativa.