Pessoas com deficiência enfrentam barreiras para acessibilidade na web

Cartilha de Acessibilidade na Web (Fascículo VI)
Foto: Reprodução/Cartilha de Acessibilidade na Web (Fascículo VI)

Às vésperas do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, celebrado no próximo dia 3, o Centro de Estudos sobre Tecnologias Web (Ceweb.br) do NIC.br realizou um evento gratuito e online, nesta sexta-feira, 1. No webinar, especialistas trouxeram apresentações envolvendo o tema e também aconteceu o lançamento do 6º fascículo da Cartilha de Acessibilidade na Web, que explica os padrões de acessibilidade, incluindo uma introdução sobre o processo de validação e algumas ferramentas disponíveis.

Durante a apresentação, a  promotora de justiça e coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Pessoas com Deficiência, Juliana Andrade, ressaltou que a acessibilidade na web é essencial porque "permite que os demais direitos das pessoas com deficiência sejam efetivamente garantidos". 

Ainda hoje existem grandes desafios para que as pessoas com deficiência exerçam com autonomia seus direitos. "São as diversas barreiras existentes, é imprescindível que sejam eliminadas", defende Andrade. Fato é que as barreiras cotidianas para pessoas com deficiência estão em todos os lugares – não só nos espaços físicos das cidades, mas também na Internet. O trabalho necessário, em todos os casos, inclui, de acordo com a especialista, uma gama muito grande de atuação, incluindo fiscalização na aplicação dessas leis de acessibilidade. 

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Reinaldo Ferraz, especialista em acessibilidade digital, trouxe alguns dados durante a apresentação. Tendo em vista as páginas iniciais dos sites mais acessados no mundo, 96,3% delas têm problemas de acessibilidade relacionados aos padrões internacionais. 

O erro mais comum, segundo ele, é não escrever links de forma clara. "A gente tem links muito extensos, são quase 7 milhões de incidências. É preciso disponibilizar todas as funções via teclado, organizar o código HTML de forma lógica e semântica", lembra. 

O último fascículo da Cartilha de Acessibilidade na Web se propõe justamente como mais um conteúdo e mais uma forma de ir em busca de conformidade no que tange a acessibilidade digital. 

A última parte da cartilha, produzida em parceria com o Ministério Público de São Paulo, traz formas de integrar a acessibilidade na cultura da instituição, para ser possível manter a acessibilidade das páginas, aplicativos e redes sociais. 

Lá também estão reunidos os estudos de procedimentos para a criação de conteúdos acessíveis, a fim de evitar a perda da acessibilidade à medida que novas informações são criadas e inseridas. 

Mas, a equipe ressalta que "para alcançar essa meta de conservação da acessibilidade conquistada, é preciso mais do que uma atenção especial à capacitação e à atualização do time técnico". 

Um dos destaques do material, acreditam, é a apresentação de rotinas de validação para verificar a acessibilidade, "incluir acessibilidade nos requisitos para homologação de produtos". 

A cartilha completa, incluindo o sexto e último fascículo, está disponível no Acervo da Ceweb.br e pode ser acessada por este link.

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