A Nextel está desenvolvendo internamente, mas com apoio de terceiros, uma tecnologia para oferecer o serviço de push to talk (PTT) sobre redes 3G. A ideia é utilizá-la em caso de vitória no leilão da banda H, no qual serão vendidas licenças de 10 MHz + 10 MHz nas faixas de 1,9 GHz e 2,1 GHz. Embora não abra maiores detalhes sobre seu plano de negócios, é esperado que a Nextel integre a atual rede iDen com a futura rede UMTS. "O 3G será uma extensão do nosso leque de serviços e produtos", afirma o vice-presidente jurídico e regulatório da operadora, Alfredo Ferrari.
A Nextel promete participar do leilão da banda H com propostas para todas as regiões do Brasil. Ferrari elogiou a prévia do edital do leilão, que se encontra em consulta pública: "está muito bem feito do ponto de vista de estímulo à competição, pois permite a chegada de novos entrantes. Além disso, a manutenção das regras vigentes dá segurança aos investidores."
Sobre o pleito das operadoras móveis tradicionais, que desejam mais espectro e gostariam de participar do leilão de banda H, o executivo da Nextel disse: "sempre haverá reclamação de falta de espectro. Isso acontece hoje, vai acontecer daqui a cinco anos e daqui a dez anos. Há outras saídas para eles, como a faixa de 2,5 Ghz e avanços tecnológicos". E completou: "a Anatel tem na mão a seguinte escolha: ou abre o mercado para novos entrantes, ou fecha com os que já estão." Ferrari preferiu não adiantar quais sugestões a Nextel apresentará na consulta pública, que se encerra no dia 22 de fevereiro.
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