Citibank e fundos de pensão estabelecem tag along

Tudo indica que os fundos de pensão (acionistas das empresas geridas pelo Opportunity) e o Citigroup (também acionista destas empresas) estejam acertando os ponteiros para a venda de suas participações acionárias em condições isonômicas. O Citi, que é o principal investidor do fundo CVC Opportunity Equity Partners LP (CVC estrangeiro), importante acionista da Brasil Telecom, Telemig Celular, Amazônia Celular e de várias empresas privatizadas, em vários setores, caminha para vender sua parte nas empresas, o que deve acontecer até o meio do ano. Provavelmente, os fundos conseguirão garantias de venda de suas participações nas mesmas condições do grupo norte-americano.
Sérgio Rosa, presidente da Previ, admite que os fundos almejam garantir liquidez para seus investimentos nas empresas em que participam, tais como as de telecomunicações. Mas nas montagens societárias articuladas pelo Opportunity desde o processo de privatização, os fundos ficaram, na prática, à mercê de um único eventual comprador: o próprio Opportunity, já que ninguém se disporia a adquirir as posições controladas pelos fundos nas condições existentes de voz e veto.
Os fundos, agrupados originalmente no fundo CVC Opportunity Equity Partners FIA (CVC nacional), tinham desde a privatização um acordo com o CVC estrangeiro, onde está o Citi, para sair do negócio nas mesmas condições. Em outubro de 2003 o grupo de Daniel Dantas deixou de ser administrador do CVC nacional (que passou, inclusive, a ser chamado de Investidores Institucionais FIA). Com isso a situação entre fundos brasileiros e o Citigroup ficou confusa e a relação, que deveria ser de isonomia de condições, desbalanceada.

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Agora, quando o Citi se prepara para vender seus investimentos até o momento geridos pelo Opportunity (que não terá seu contrato renovado), os fundos brasileiros acertam com o banco norte-americano um contrato de tag along, para rebalancear a relação.
Sérgio Rosa diz que este contrato ainda não está fechado e acrescenta que tanto para o Citi quanto para os fundos há ainda muitas questões a resolver antes de se vender as participações nas empresas privatizadas. "É difícil negociar com qualquer comprador empresas tão envolvidas em processos judiciais", finaliza o presidente da Previ.

O problema é Dantas

Da mesma forma, fontes próximas aos negociadores da Telecom Italia, que procura adquirir o controle total da Brasil Telecom, ressaltam a disposição de vender do Citi. Mas, segundo estas fontes, as conversas não avançam porque o maior banco do mundo não consegue resolver o imbróglio com seu gestor de recursos no Brasil. Fonte independente ouvida por TELETIME News confirma que fica até difícil estimar o valor do negócio com o grupo de Dantas no controle das empresas. Observadores das negociações acreditam que o caso entre o Citi e o Opportunity acabará sendo resolvido, como todos os outros, apenas depois de batalha judicial, se os americanos continuarem a enfrentar problemas com Daniel Dantas, que era até recentemente seu homem de confiança no Brasil.

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