A AES Eletropaulo anunciou nesta quinta-feira, 25, que dará início em março do ano que vem a um projeto-piloto de smart grid na capital paulista. Para o teste, que deverá custar de R$ 4 milhões a R$ 5 milhões, foi escolhido o bairro do Ipiranga, que possui consumidores alimentados em baixa e média tensão, de segmento residencial, comercial e industrial. Serão coletados os dados de mais de 2 mil consumidores. A solução vai monitorar o sistema elétrico e automatizar uma série de ações envolvidas no processo de distribuição de energia, além de permitir detectar e solucionar falhas a distância, por exemplo, reduzindo o tempo para reestabelecimento de energia após eventuais interrupções.
O diretor de tecnologia e serviços da AES Eletropaulo, Ricardo Van Even, explica que o projeto será sobreposto ao sistema convencional e, por isso, não haverá a necessidade de substituir os medidores convencionais. A Aneel, agência reguladora do setor elétrico, ainda não regulamentou o uso dos chamados smart meters, medidores capazes de proverem serviços adicionais ao de energia. Segundo o executivo, a Aneel está trabalhando na regulamentação dos smart meters e na criação de categorias de tarifação de energia, de acordo com o horário, a chamada multitarifa. A expectativa é que o regulamento para os dois casos saia em 2011.
"Os principais objetivos do teste são melhorar a eficiência operacional, a redução do custo em toda a cadeia e, consequentemente, a satisfação do cliente", afirma Ricardo Van Even. A smart grid permite também que se identifique os roubos de energia, os gatos.
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