Anatel e teles ainda tentam acordo sobre novas metas

A Anatel continua promovendo reuniões com os executivos da empresas de telefonia fixa para tentar chegar a um meio termo sobre o novo Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU III). Na semana passada, a agência fez reuniões com as empresas e, agora, pretende dialogar com os executivos de cada uma das concessionárias na tentativa de atingir um consenso que permita a edição do documento. O presidente da Anatel, embaixador Ronaldo Sardenberg, mostrou-se confiante sobre a evolução das conversas, mas o futuro ainda é incerto com relação a este tema.
A possibilidade de um adiamento da publicação do PGMU III para 2011, como sugerido pelo SindiTelebrasil, ainda não foi completamente descartada por Sardenberg, embora o embaixador não simpatize com a ideia. "Não vou dizer 'dessa água não beberei'", comentou, ao ser questionado sobre a viabilidade de um adiamento. "Na minha vida pessoal, sou sempre favorável a adiar as coisas. Mas na vida pública, não", arrematou logo em seguida.
Segundo Sardenberg, as negociações estão sendo conduzidas tendo como alvo uma solução onde "ambas as partes consigam viver, não que ambas fiquem satisfeitas". De qualquer forma, continua aberta a possibilidade de que o texto seja novamente alterado para que se chegue a esse ponto pacífico. Mas Sardenberg mostrou alguma apreensão de que o debate não se estenda de forma a afetar a assinatura da renovação dos contratos. "Na medida em que a Anatel deixar de cumprir os contratos que ela assina, acaba a Anatel", declarou Sardenberg.

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Pró-consumidor
Além do trabalho para consolidar as novas metas de universalização, a Anatel resolveu se dedicar a uma iniciativa para estreitar os laços com os consumidores. Sardenberg anunciou que o Conselho Diretor irá deliberar nessa sexta-feira, 29, sobre a criação de um Programa Pró-Consumidor, que conterá ações para dar mais espaço de participação dos usuários no processo regulatório.
O programa é uma ideia do próprio embaixador, que se disse "chocado" com a assimetria de acesso à informação que existe no setor de telecomunicações. "A gente percebeu que, nas audiências e consultas, os consumidores têm muita dificuldade com relação às empresas", afirmou Sardenberg. "As empresas têm dinheiro para contratar consultores, os melhores. E os consumidores não. O que queremos é equilibrar melhor essa relação", afirmou.

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