O número de usuários 5G deve alcançar globalmente a marca de 2,3 bilhões até 2027 (um crescimento de 34%), de acordo com relatório da consultoria Bain & Company. Segundo o material, o Brasil será um dos responsáveis por inflar esse número, ao lado de economias como Índia e Alemanha. Isso porque, entre as 19 nações analisadas, o Brasil teria o maior ritmo de aceleração.
Hoje, o País tem mais de 12,6 milhões de clientes 5G, segundo dados da Anatel atualizados em julho. Mas com o avanço médio anual de 79% apontado pela Bain & Company, o Brasil alcançaria mais de 100 milhões de usuários da rede 5G até 2027. Esse desempenho seria motivado pela rápida expansão da tecnologia e pela maior oferta de lançamentos de dispositivos compatíveis com o 5G.
A consultoria também avaliou que a expansão da quinta geração de redes móveis nos próximos quatro anos será um fenômeno global. Mas a maior base de usuários 5G até 2027 virá dos Estados Unidos e da Índia, que devem somar, cada, cerca de 320 milhões de pessoas na rede no período. A China, que hoje lidera a quantidade global de acessos 5G com 660 milhões, ficou de fora do estudo da consultoria americana.
Crescimento da rede e espectro
Quando se fala em implementação, EUA, Canadá, Japão, Austrália e Cingapura lideram a corrida 5G. A expectativa, de acordo com a consultoria, é que a tecnologia cresça em velocidade superior à observada no 4G. O levantamento da Bain prevê que o 5G será a tecnologia escolhida por mais de 40% do total de assinantes na Europa e nas Américas até 2027.
A consultoria também observou que os países com as maiores redes utilizam diferentes bandas de espectro (baixa, média e alta). Esse é o caso dos Estados Unidos, Itália, Noruega, Japão, Austrália, Tailândia e Índia, que operam em todas as três faixas. Essa foi a razão apontada pela Bain para a rápida expansão do 5G nos EUA, "que é impulsionada pelo reaproveitamento acelerado do espectro e investimento sólido em pesquisa e desenvolvimento no setor".
