Avanço dos ISPs para atender 5G depende de evolução das redes ópticas

Foto: Pixabay

Os provedores de banda larga que apostavam que o 5G criaria automaticamente uma demanda pelas redes de fibra, sobretudo para viabilizar o backhaul das operadoras móveis, estão se deparando com a necessidade de planejar um upgrade na rede. "Para o 5G, uma rede GPON tradicional não serve. A necessidade de latência, tráfego simétrico e velocidades elevadas exige redes XGS-PON", diz Hermano Albuquerque, diretor geral de América Latina para o Grupo Halo/Skylane Optics. "Isso é um desafio, mas é uma grande oportunidades para aqueles provedores que querem entrar no mundo 'carrier  grade' e aproveitar a enorme demanda por backhaul que o 5G vai criar nos próximos anos", diz o executivo, cuja empresa é focada em transceptores ópticos. "Apenas nas obrigações acessórias da Anatel, já existem mais de 500 cidades que precisam de rede 5G, então é um mercado que está acontecendo". 

Não por acaso, durante a Abrint 2023, as tecnologias XGS-PON ganharam lugar de destaque na exposição de equipamentos. Mas William Taylor, sócio e diretor comercial da Connectoway, reconhece que o mercado ainda não começou a se movimentar de maneira mais intensa nessa direção. "Vai acontecer, tem muita prova de conceito, porque as empresas estão amadurecendo e precisam diversificar suas ofertas, mas ainda existe uma preocupação com os custos destas novas redes", explica o executivo. "Mas quem quiser atender o mercado de 5G, que vai ter fazer essa transição na rede". 

Algumas empresas começaram esse processo, como é o caso da Alares (antigo Grupo Conexão), que já lançou novas cidades no interior de São Paulo com redes XGS-PON e velocidades de mais de 2 Gbps, mas eram operações novas, green field, em que o investimento valia a pena (nesta sexta, 26, TELETIME Live traz uma entrevista com Denis Ferreira, CEO da Alares, em que ele explica a estratégia de upgrade das redes).

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"Além da questão da velocidade e da latência, quando você está atendendo uma operadora móvel, o equipamento precisa trabalhar em outras condições de temperatura, intempéries, o nível de confiabilidade precisa ser maior", explica Albuquerque.

" A tecnologia está madura e é apenas uma questão da estratégia das operadoras adotarem, mas vejo os maiores ISPs cada vez mais preocupados em buscarem uma oferta diferenciada de serviços e atentas ao mercado de atacado e corporativo", diz Taylor.

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