Intelig ressurge com crescimento da receita e foco na área residencial

A retomada do mercado residencial é uma das próximas prioridades da Intelig, aproveitando seu backbone nacional em fibra óptica com a última milha em open WiMAX até que seja feito o leilão de faixas de freqüência para esta tecnologia que lhe permita comprar licenças. Outra forma de chegar ao cliente final é por meio de parcerias com provedores alternativos. Desde que ficou sem saída para competir com as incumbents de telefonia fixa, quando estas passaram a atuar com código de seleção de prestadora (CSP) próprio e o unbundling não decolou com preço considerado justo pelas empresas competidoras, a Intelig passou a investir no mercado corporativo, hoje responsável por 80% de sua receita. Em seu novo planejamento está o investimento em telefonia móvel e na oferta de acesso à internet em banda larga. Entretanto, não está claro ainda se isto será feito por meio de aquisições ou parcerias estratégicas.
A receita bruta da Intelig atingiu R$ 700 milhões em 2007. De janeiro a agosto deste ano, o segmento de dados cresceu 42% para o mercado corporativo e 10% no residencial em relação a igual período de 2007. O serviço de voz para o mercado corporativo e residencial equivale a 70% da receita, com evolução de 12% no período. A telefonia local, entretanto, até hoje esteve restrita ao segmento empresarial. Para 2009, a meta é dobrar a receita bruta, afirma o vice-presidente de marketing e vendas da Intelig, Alexandre Torres. Para isto, conta com os novos contratos firmados no segmento corporativo, principalmente área de governo, que registrou o maior crescimento em 2008. Recentemente a empresa venceu as concorrências para atender Serpro, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, pelos próximos cinco anos. Por outro lado, continua aumentando seu backbone e vai atrás do consumidor residencial C/D para retomar seu objetivo inicial.
A Intelig amargou uma espera de quase seis anos por um comprador, que apareceu no início deste ano, na figura da companhia Docas Investimentos, do empresário Nelson Tanure. Os novos controladores planejam retomar de forma acelerada o crescimento para os próximos cinco anos. Criada em 2000 para ser espelho da Embratel na longa distância, a Intelig precisou mudar de direção ao falhar no confronto com os competidores e não obter o respaldo regulatório que esperava da agência reguladora.

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