As projeções feitas pela Anatel e pelos fabricantes de handsets indicam que a base de aparelhos deve crescer entre 9% (62 milhões) e 20% (69 milhões) no próximo trimestre, que inclui o Natal, que é o período considerado o mais nobre do ano por operadoras e fornecedores. Poderão ser vendidos neste período entre 5 milhões e 12 milhões de aparelhos, de acordo com o otimismo da fonte.
Para suprir esta demanda, os fabricantes de aparelhos garantem que estão preparados e que, este ano, ao contrário do que ocorreu o ano passado, não faltará celular no mercado. ?Nós (os fornecedores) aprendemos a lição. Agora, estamos preparados para atender a demanda das operadoras e até, se for o caso, um aumento imprevisto?, afirma o gerente de produtos da Motorola, Marcelo Guimarães. As operadoras também se prepararam e planejaram com antecedência o consumo nos próximos três meses. ?Já fizemos nossas encomendas desde julho?, diz o diretor de marketing de varejo do grupo Telemar, Alberto Blanco. Para ele, é difícil comparar o consumo entre o 1º e o 2º semestre porque isso depende do quanto o consumidor está disposto a gastar. Mas, diz Blanco, há o Natal e o 13º salário. A meta da Oi, de qualquer forma, é passar dos 5,5 milhões de assinantes para 6,5 milhões até dezembro.
Lançamentos
A Siemens aposta bastante no último trimestre do ano e deve lançar mais 12 modelos, em todas as faixas de consumo, até o Natal, informa o diretor da divisão de comunicações móveis da empresa, Humberto Cagno. A empresa terá um foco mais dirigido no middle end mas lançará aparelhos mais sofisticados, com câmera fotográfica de 1,3 Megapixel. O modelo top da Siemens, o SL55, ganhará uma versão masculina, em revestimento black tie, diz Cagno, e passará a ser fabricado localmente, o que deve reduzir seu preço final. Também para a Sony Ericsson não haverá problema em atender a demanda.
Em agosto, segundo dados da Anatel, a teledensidade móvel do Brasil estava em 31,83%. Pelas projeções, essa penetração pode passar para algo entre 34% e 38% até o final deste ano.
