ISPs encostam na Vivo e fibra tem crescimento recorde em maio

Fibra ótica. Foto: Pixabay

A dinâmica da banda larga fixa brasileira já passou por mudanças na base de abril, quando a faixa de 34 Mbps se consolidou como a mais popular do País, mas há mais por vir. Conforme indicam os dados levantados pela Anatel e referentes a maio, os provedores regionais (ISPs) deverão tomar a segunda posição da Vivo já em junho. Além disso, o quinto mês do ano mostrou um crescimento recorde dos acessos em fibra, que aos poucos encosta no cabo como a segunda tecnologia mais usada no Brasil, enquanto o cobre acelerou sua redução.

Foram 597,7 mil adições líquidas nos acessos em fibra em maio, um avanço de 9,08% e total de 7,183 milhões de contratos. Com um crescimento anual de 87,98%, não é difícil imaginar que essa base possa ultrapassar os 10 milhões em maio de 2020. Por outro lado, os acessos em cabo, a segunda tecnologia mais usada no Brasil, mostraram crescimento de 0,40% no mês (em linha com a média do último trimestre), totalizando 9,560 milhões de acessos. 

Os acessos em cobre (xDSL) continuam sendo a maior base, com 11,275 milhões de linhas. Porém, foi uma queda também recorde, com 376,1 mil desconexões (3,23% de redução). Os resultados de maio foram atípicos tanto para a fibra quanto para o cobre, o que indica que há um movimento mais forte de migração de tecnologias – também retratado no aumento da velocidade média contratada.

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Do total de quase 600 mil novos contratos em fibra, os provedores regionais adicionaram 429,9 mil acessos com essa tecnologia (somados, os acessos em fibra dos ISPs eram 3,796 milhões nem maio), que é parte da estratégia para competir com as grandes operadoras. No total, após uma leve estagnação em abril, essas empresas voltaram a crescer em ritmo normal (271,4 mil adições, avanço de 3,90%) em maio. Somando 7,236 milhões de acessos, o grupo dos pequenos deverá ultrapassar a Vivo em junho. A operadora do grupo Telefônica encerrou o quinto mês com 7,425 milhões de acessos, após queda de 0,54% na base – também mantendo o desempenho médio mensal. 

A líder de mercado é o grupo América Móvil (Claro, Embratel e Net), com 9,516 milhões de contratos, após aumento de 0,33% no mês. A Oi, a quarta maior, voltou a apresentar queda (de 0,59%) em maio e encerrou o período com 5,791 milhões de acessos. No total, o Brasil encerrou maio com 31,825 milhões de conexões de banda larga fixa. O aumento foi de 0,71% (222,8 mil adições líquidas). Comparando com maio de 2018, o avanço é de 5,83%.

Mais velocidade

A base com velocidade acima de 34 Mbps é a maior do Brasil desde o balanço referente a abril, mas em maio houve um crescimento ainda maior: 464,7 mil adições líquidas, ou 4,79%. Com isso, essa faixa enfim rompeu a barreira de dois dígitos na casa dos milhões, somando 10,160 milhões de acessos. O segmento representa 31,93% do total do mercado de banda larga fixa no País. Considerando apenas os acessos em fibra e acima de 34 Mbps, os ISPs adicionaram 169 mil acessos em maio, totalizando 1,087 milhão de contratos. 

Vale ressaltar que a faixa de 12 Mbps a 34 Mbps voltou a apresentar crescimento (de 0,82%) mensal, totalizando 7,971 milhões de conexões. Todos os outros recortes mostraram redução, incluindo a segunda maior base – a de velocidades de 2 Mbps a 12 Mbps, que reduziu em 2,15% (mais de 200 mil desconexões) e fechou maio com 9,105 milhões de acessos. 

Com essa nova dinâmica no mercado, aos poucos o mercado de banda larga fixa – o único ainda em crescimento no País mostra novos rumos. Em um ano, provavelmente teremos novos grupos e tecnologia nas lideranças. Mas a metodologia da Anatel para velocidades poderá se tornar ineficaz com a maior parte dos acessos já ultrapassando a faixa de 34 Mbps, ainda considerada como "ultra banda larga". 

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