A Neovia já encontrou financiamento para o desenvolvimento de uma rede de WiMax móvel – padrão 802.16e. Segundo Carlos Barroso, diretor de tecnologia e operações, trata-se de um grupo de investidores cujo nome não pôde ser revelado. O grupo vai aportar a maior parte dos US$ 200 milhões que serão consumidos no projeto. Uma parcela menor será aportada pelos próprios fornecedores. Esses recursos serão investidos nos próximos três anos.
O executivo explica que o fato de o Brasil ter recebido o investment grade de duas agências internacionais de classificação de risco e o projeto da Sprint/Clearwire nos EUA contribuiu para o interesse dos novos investidores. Hoje a Neovia pertence ao fundos Intel Capital, Stratus e Venice. O processo de captação de recursos está em fase final, faltando apenas a definição do investidor líder do aporte.
A Neovia testa a tecnologia com quatro fornecedores pré-qualificados: Alcatel-Lucent, Samsung, Motorola e Cisco-Navini. Segundo Barroso, a expectativa é lançar o serviço comercialmente no segundo semestre. Caso a Anatel ainda não tenha regulamentado a mobilidade para a faixa de 3,5 GHz, a Neovia vai oferecer o serviço fixo e ativar a mobilidade assim que for permitido. Na opinião do executivo, é uma questão de tempo para a Anatel incluir a mobilidade não só nesta, mas também na faixa de 2,5 GHz. "A UIT já definiu que é móvel. O Brasil é membro da UIT. Não faz sentido não aderir", diz.
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