Algar Telecom cresce receita e B2B em 2022, mas lucro cai 77%

A Algar Telecom divulgou na noite da última quinta-feira, 23, resultados operacionais para o quarto trimestre de 2022 e o consolidado do ano passado. Mesmo com alta nas receitas turbinada pelo segmento B2B, o lucro líquido anual da empresa recuou 77%.

No acumulado de 2022, o faturamento líquido da operadora mineira subiu 8,1%, para R$ 2,798 bilhões. A aceleração da performance foi mais tímida no trimestre final do ano passado, quando R$ 714 milhões foram registrados (+0,4%).

O mercado corporativo (B2B) foi o grande motor dos números, com saltos de 2,8% no último tri e de 13,1% no consolidado do ano. O negócio encerrou 2022 representando R$ 1,878 bilhão para a Algar; saltos de dois dígitos nos segmentos de M2M e soluções TICs também foram registrados.

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Já no mercado de varejo (B2C), houve recuo de 0,9% no ano (para R$ 920 milhões). O movimento se acentuou no quarto trimestre, quando houve queda de 4,1% na receita líquida do segmento. A banda larga e telefonia fixa recuaram no ano (2,7% e 12,2% na ordem), mas a telefonia móvel avançou 7,8%.

Outro indicador em queda foram os investimentos (capex) da companhia mineira, que somaram R$ 475 milhões em 2022 – ou um recuo de 31,1% que chegou a 59,4% quando analisado apenas o último trimestre do ano passado.

Na soma dos fatores, a Algar registrou avanço de 2,6% no Ebitda anual (para R$ 1,144 bilhão), apesar de queda de 1,5% no período que foi de outubro até dezembro. A margem da companhia encerrou o ano em 41,4%, contra 42,2% na mesma base de comparação de 2021.

Já o lucro líquido de R$ 51,4 milhões ao longo de 2022 representou uma queda de 77,6% diante dos valores registrados no acumulado do ano anterior. Apenas no quarto trimestre, a Algar lucrou R$ 15,7 milhões (-44,4%).

Entre os desafios listados pela empresa no ano passado estiveram o cenário macroeconômico, pressões inflacionárias e a integração da Vogel Telecom – que, ao lado dos investimentos orgânicos dos últimos anos, resultaram em maior volume de amortização e depreciação.

A maior razão da queda do lucro, contudo, foram os efeitos do aumento de taxas de juros no serviço da dívida. A Algar encerrou 2022 com dívida líquida de R$ 2,674 bilhão, em salto de 8,9% ante um ano antes.

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