Claro também encerra oferta de estações da Oi Móvel após falta de interessados

Foto: Pixabay

A Claro encerrou no último dia 19 de março a oferta pública para venda de parte das estações rádio base (ERBs) adquiridas na compra da Oi Móvel. Assim como Vivo e TIM, a empresa não encontrou interessados nos ativos.

No caso da Claro, 42% das 4,7 mil ERBs adquiridas da Oi faziam parte do desinvestimento, ou quase 2 mil sites em diversas tecnologias. O processo foi aberto em julho de 2022, como parte dos remédios exigidos pelo Cade em Acordo de Controle em Concentrações (ACC).

Em janeiro, a disponibilidade foi prorrogada por mais dois meses com novas condições. Ainda assim "não houve aquisição de qualquer equipamento durante os oito meses de vigência da Oferta Pública", informou a Claro, em ofício enviado nesta semana ao Cade.

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"Considerando o cumprimento tempestivo e integral de todas as obrigações constantes nas Cláusulas 4.2. a 4.10 do ACC, a Claro requer a declaração de cumprimento da sua obrigação de desinvestimento de ERBs", solicitou a empresa, ao órgão antitruste.

Pelo acordo com o Cade, a operadora tinha 12 meses para colocar à venda até 40% das ERBs oriundas da compra da Oi Móvel ao lado de TIM e Vivo. As concorrentes também não encontraram compradores e encerraram suas respectivas ofertas em março. Contratos com torreiras e tecnologias legadas já foram apontados como alguns dos entraves para o interesse de players.

No caso da Claro, os valores com desconto ofertados após a prorrogação variavam entre R$ 2,5 mil (em algumas ERBs apenas com 2G) até R$ 200 mil (no caso de uma estação com 4G, 3G e 2G em Salvador), apontou TELETIME em janeiro.

Outros remédios exigidos pelo Cade para liberar a compra da Oi Móvel pelas principais rivais envolviam ofertas públicas de atacado para roaming e MVNO e de exploração de espectro.

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