Com Lula, Carlos Slim destaca investimentos e otimismo com economia

Carlos Slim Helú, presidente da América Móvil, e o presidente Lula. Crédito: Ricardo Stuckert

O engenheiro Carlos Slim Helú, controlador e presidente do grupo América Móvil, dona da Claro no Brasil, esteve nesta sexta, 19, em um encontro de uma hora e meia com o presidente Lula, em Brasília. Acompanhado de seu filho Carlos Slim Domit, presidente do conselho da América Móvil, de Daniel Hajj, CEO da empresa; José Félix, presidente da Claro no Brasil e de Fabio Andrade, VP de relações institucionais, Slim disse que a conversa com o presidente Lula foi positiva e que tratou com otimismo da economia brasileira. Segundo Slim, "foi uma conversa ampla e interessante que falou de como está a economia brasileira, cada vez melhor, com a inflação reduzida, e dos nossos planos de seguir investindo de maneira importante em telecomunicações no país", disse o engenheiro.

Carlos Slim Helú e a cúpula da América Móvel, no Palácio do Planalto

"Temos programas ambiciosos de investimento, sobretudo com o 5G. Nos últimos 5 anos investimos R$ 55 bilhões, e nos próximos quatro ou cinco anos falamos de cerca de R$ 40 bilhões, sobretudo em 5G e nas redes de fibra, que precisa ser mais ampla", lembrando que parte do investimento até aqui foi na aquisição de espectro e da Oi Móvel. A previsão é de um investimento de R$ 8 bilhões por ano, diz ele.

Notícias relacionadas

Sem aquisições

Ele destacou a oferta de serviços corporativos também como uma atuação importante da Claro no Brasil, além dos serviços ao consumidor. "O Brasil é hoje um mercado um pouco maior para nós do que o México, porque lá, por uma situação especial, não há convergência", disse ele. Para o mercado brasileiro, o maior desafio é a competição, diz Slim, que é agressiva há muitos anos, o que demanda investimentos pesados. "A modernização das redes demanda investimentos permanentes. Passamos do 3G, para 4G e agora para o 5G. E na fibra fomos do coaxial para a fibra". 

Para Slim, os investimentos que estão sendo feitos são todos os necessários. Em relação a novas oportunidades, como a compra da Oi, Slim disse que "é uma empresa que atua do seu lado, como fazemos nós e Telefônica, e há um mercado de fibra, e não estamos pensando em adquirir nenhuma empresa. O que planejamos é investir mais, competir mais e ter mais clientes".

Regulação de internet

Sobre o debate de regulação de internet e o fair share e neutralidade, que tem sido demandado pelas operadoras, "é uma questão difícil, mas creio que grandes empresas que fazem grandes operações de dados, e que usam a rede, seria conveniente que fizessem um pagamento mínimo de apoio aos consumidores, não para nós, mas para os consumidores, mas por mais investimentos e redução de preços aos consumidores. Hoje as quatro maiores empresas (de internet) geram 70% da rede", disse ele, lembrando que na Europa isso está sendo discutido "para que tenhamos uma rede melhor e mais acessível aos consumidores".

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!