Desinvestimento exigido como parte dos remédios para compra da Oi Móvel, a oferta pública da Vivo para venda de até metade das estações rádio base (ERBs) da antiga concorrente foi encerrada após não aparecerem interessados pelos ativos.
Em ofício enviado ao Cade, a operadora informou o fim da vigência da oferta em 23 de fevereiro. Iniciada em junho de 2022 com prazo inicial de seis meses, a disponibilidade de até 50% das 2,7 mil estações compradas da Oi chegou a ser prorrogada por dois meses em dezembro, após "melhores esforços" da Vivo para aprimorar condições comerciais.
Assim como ocorreu com a TIM, contudo, não houve busca pelos recursos. "A Telefônica informa que não houve aquisição de qualquer equipamento objeto da Oferta ERBs durante o período em questão. Assim […] não incide mais qualquer obrigação sobre as ERBs adquiridas pela Telefônica, e a oferta será retirada", afirmou a Vivo ao Cade nesta terça-feira, 14.
As estações em questão incluíam as tecnologias 2G, 3G e 4G, além de contratos de aluguel de infraestrutura com as torreiras. Outros remédios exigidos pelo Cade para a compra da Oi Móvel envolvem ofertas públicas de atacado para roaming, MVNO e de espectro.
Além da Vivo e da TIM, a Claro também teve oferta de ERBs definida como contrapartida para a operação; a empresa, contudo, tinha obrigação de oferecer até 40% dos ativos dentro de 12 meses, ou prazo ainda vigente.