No que depender do conselheiro Jarbas Valente, a Anatel não deve mudar as regras do leilão da banda H para permitir que as operadoras móveis que já possuem uma fatia do espectro destinado à oferta de serviços 3G entrem novamente na disputa. Para Valente, as intenções da Anatel estão claras há anos, desde que a agência estipulou na regulamentação a divisão dos blocos do 3G abrindo espaço para um quinto competidor e não há motivos para rediscutir isso agora.
"Na verdade queremos ter um quinto player. Ainda mais agora que vemos que há mais de um interessado. E com as fusões e aquisições que podem vir a ocorrer é possível que acabe tendo só três ou quatro players no fim das contas", afirmou o conselheiro e ex-superintendente de Serviços Privados da Anatel no evento Desafios da Banda Larga, realizado pela Momento Editorial. Valente não citou quais empresas estão interessadas na faixa restante, mas a Nextel já demonstrou publicamente seu interesse na fatia do espectro e a GVT também seria uma potencial concorrente.
A defesa do conselheiro em manter as regras como estão não inviabiliza de todo a participação das operadoras móveis Vivo, Claro, TIM e Oi, que já possuem faixas de 3G. Isso porque algumas delas não têm licença para todo o território nacional na oferta dos serviços de terceira geração por conta do método adotado pela Anatel, com a venda das autorizações por blocos. Assim, o conselheiro entende que elas poderão comparecer no leilão, mas só poderão disputar os blocos que ainda não dispõem.
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