A Wi-Fi Alliance, organização global que promove e certifica tecnologias relacionadas ao padrão, também comemorou as recentes decisões da Conferência Mundial de Radiocomunicações (WRC-23) sobre a faixa de 6 GHz.
A entidade se declarou entusiasmada com o fato da conferência global ter reconhecido o papel fundamental do WiFi na banda de 6 GHz para o futuro da conectividade global – em menção à dispositivo do tratado que destaca sistemas de acesso sem fio operando na faixa. A comemoração ocorreu mesmo com um grupo de países, incluindo o Brasil, que alterou a destinação de parte do espectro de 6 GHz para serviços móveis.
"Mesmo ao decidir identificar o espectro superior a 6 GHz para as Telecomunicações Móveis Internacionais (IMT) na Europa, África e alguns outros países [como Brasil e México], a conferência adotou uma disposição de tratado internacional para reconhecer explicitamente que este espectro é utilizado por sistemas de acesso sem fio, como o WiFi", notou a associação da indústria. Representantes brasileiros também apontaram tal distinção como importante para o uso do 6 GHz por serviços de WiFi.
"Importante destacar que a WRC-23 rejeitou propostas para expandir a identificação IMT no espectro superior a 6 GHz para vários outros países ou considerar tais identificações IMT na próxima WRC em 2027", completou a Wi-Fi Alliance. Os Estados Unidos, por exemplo, são grandes promotores da disponibilidade total do 6 GHz para o uso não licenciado; a oposição do país na WRC impediu que a divisão da faixa fosse adotada como abordagem regional nas Américas, motivando a nota de rodapé de Brasil e México neste sentido.
