Programa para digitalização da TV aberta em cidades que não contam com emissoras digitais, o Digitaliza Brasil despertou interesse de 1.024 das 1.050 cidades elegíveis nas quatro chamadas abertas pelo Ministério das Comunicações (MCom).
As parciais foram reveladas pela EAD, entidade responsável pela operacionalização do processo. Do total de municípios que manifestaram interesse, 233 foram qualificados pelo MCom e 215 assinaram os termos de adesão.
Em paralelo, em 530 cidades já há local indicado pelas prefeituras para instalação dos novos equipamentos de digitalização das retransmissoras analógicas. A expectativa da EAD é encerrar o ano com 267 sites ativos e completar em abril de 2022 a primeira fase do programa, que envolve 752 cidades.
Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte (estado natal do ministro Fábio Faria e que tem recebido maior foco da pasta) são os focos atuais no trabalho de campo do projeto, que até julho de 2023 deve digitalizar mais de 7 mil canais em 1.638 cidades de todo o País, com uma população estimada de 23 milhões.
Indústria
O programa tem liberados R$ 844 milhões, remanescentes da arrecadação do leilão de 4G em 2014 (e que já custearam a limpeza da faixa de 700 MHz e a digitalização da TV nas maiores cidades). Até o momento, a previsão é que R$ 700 milhões sejam gastos, segundo o diretor de tecnologia da EAD, Gunnar Bedick.
Durante evento promovido pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) nesta semana, Bedick pontuou que o investimento beneficiará sobretudo a indústria brasileira, incluindo fornecedores de antenas de broadcasting, transmissores de TV digital, parabólicas, multiplexadores e estruturas verticais.