A Motorola vai produzir no Brasil um celular de baixo custo, o MotoFone, voltado para países emergentes. O chairman e CEO da companhia, Ed Zander, em visita ao País, destacou que o aparelho chega em novembro, para disputar o mercado no Natal. O aparelho tem apenas recursos de voz e texto mas é leve e tem design moderno. O MotoFone deverá ser produzido no Brasil e outros países emergentes, como China e Índia, e deve custar entre R$ 110 a R$ 149, sem subsídios. Hoje o modelo mais barato da fabricante custa R$ 99 com subsídio.
Segundo o presidente da Motorola no Brasil, Enrique Ussher, a empresa não tem planos de contar com lojas próprias, mas está migrando, em conjunto com as operadoras, para um modelo de venda de aparelhos por meio do varejo. Outro projeto é oferecer no Brasil o MotoQ, um smartphone com tecnologia CDMA que ainda não tem prazo para chegar porque depende de negociações com a Vivo. Para Zander, o fato da Nokia ter abandonado a tecnologia CDMA coloca a Motorola em uma posição confortável. ?Podemos agradecer a Nokia por ter saído desse mercado?, disse o executivo. Sobre o overlay da Vivo para GSM, Ussher destacou que a companhia continuará fabricando os modelos CDMA no País principalmente para exportação.
WiMax
O foco da Motorola para 2007 e 2008 são tecnologias convergentes, já prevendo a quarta geração das comunicações. ?A partir de 2007 todos os dispositivos integrarão recursos de Wi-Fi e terão capacidade de comunicação Bluetooth?, afirmou Zander. A empresa já oferece no Brasil um aparelho que une as tecnologias fixo e móvel para a Brasil Telecom, e está negociando com a Oi, do grupo Telemar.
Padmasree Warrior, vice-presidente executiva e CTO (Chief Technology Officer) da Motorola, disse que a empresa aposta no WiMAX por permitir maiores velocidades de tranmissão a custos mais baixos. E afirmou que a infra-estrutura é particularmente indicada para países que estão migrando de redes 2 G e 2,5 G direto para 4G. A executiva também destaca que a tecnologia Canopy, da Motorola, permitiu que a empresa ganhasse experiência em freqüências não licenciadas e que o produto deve evoluir naturalmente para o protocolo WiMAX.
Investimentos em Jaguariúna
A fábrica em Jaguariúna, no interior de São Paulo, que hoje produz celulares, estações radiobase e aparelhos IDEN deve ampliar em 40% a capacidade de produção neste ano com o objetivo crescer em 50% as exportações, principalmente para a América Latina. Segundo Ussher, a empresa estuda a produção de set-top boxes e infra-estrutura de IPTV no País, mesmo sem os benefícios da Lei de Informática.