Fundos e Citi convocam AGE da Brasil Telecom Participações

A Previ, o Citibank e a Petros, que juntos têm mais de 5% da empresa Brasil Telecom Participações S/A (BTP), enviaram nesta terça, 21, correspondência à empresa pedindo a convocação de uma assembléia geral extraordinária. O Opportunity terá, então, oito dias para convocar a assembléia, dentro do prazo de duas semanas. Com isso, é possível que o comando da BTP seja trocado antes mesmo da troca em Techold e Solpart, duas das empresas que estão acima na cadeia societária da concessionária. A AGE da Invitel está marcada para dia 23.
Se forem bem sucedidos, fundos e Citi estarão a apenas um nível da companhia operadora, a Brasil Telecom S/A, cujo controle definitivo pode, provavelmente, já ser assumido em meados de julho. Evitam assim um processo que poderia se arrastar por quase cinco meses caso a troca de comando fosse feita etapa por etapa. O Opportunity tem resistido a entregar o comando das empresas. No caso da Zain Participações, que é o mais alto nível na cadeia societária, foi preciso recurso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para que a assembléia fosse realizada. Na BTP o processo pode ser mais simples, já que a orientação de voto é dada por Zain, onde fundos e Citi têm o controle total.
A cadeia societária da BrT é a seguinte: Zain Participações (onde Citi e fundos já mandam), Invitel (AGE marcada para dia 23), Techold, Solpart, Brasil Telecom Participações S/A e, finalmente, Brasil Telecom S/A, a operadora em si.

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Nova York

Enquanto isso, na Justiça de Nova York, espera-se para o dia 30 deste mês a defesa do Opportunity às acusações mais grave de gestão fraudulenta e quebra de dever fiduciário colocadas pelo Citibank como argumento para o pedido de indenização de pelo menos US$ 300 milhões contra o grupo de Daneil Dantas. Trata-se da grande ação à qual estão vinculadas as recentes decisões de proibição do acordo entre Telecom Italia e Dantas ou, antes, a proibição do processo de venda da Telemig e Amazônia Celular. A qualquer momento a Justiça de Nova York pode, também, passar a considerar Daniel Dantas e seu Opportunity em situação de "contempt of court", ou seja, em desobediência à uma ordem da corte, justamente por ter celebrado o acordo com a Telecom Italia.

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