RNP convoca instituições científicas para rede e-Ciência

A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) lançou um edital para selecionar cinco institutos de ciência e tecnologia (ICTs) para aderir à e-Ciência, rede de alta performance de conectividade recém-criada pela organização.

Fornecida pela RNP, a nova infraestrutura foi pensada originalmente para atender às demandas de centros de pesquisa que atuam com a chamada "big science", termo usado em referência a pesquisas que envolvem requisitos avançados de processamento, análise, transmissão e armazenamento de alto volume de dados científicos.

As candidaturas vão até o dia 7 de abril e podem ser feitas por meio deste link. O edital, destinado a entidades de pesquisa públicas ou privadas, prevê, com a adesão à rede e-Ciência, capacidade de conectividade mínima de 100 Gbps, consultoria em engenharia de desempenho de redes, consultoria em segurança da informação para diagnóstico e avaliação de riscos cibernéticos, entre outros serviços especializados.

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O edital completo pode ser conferido aqui. A RNP agendou um webinar para tirar dúvidas sobre a seleção no dia 25 de março, às 14h.

"Essa mudança estrutural permite a oferta de conectividade com largura de banda abundante, o que poderá beneficiar, especialmente, os grandes centros de pesquisa brasileiros que possuem demandas de movimentação de grandes volumes de dados. Apesar disso, não basta simplesmente aumentar a largura de banda da conexão. Essas instituições precisam ser atendidas com políticas e serviços diferenciados", diz o diretor-adjunto de e-Ciência da RNP, Leandro Ciuffo.

Conectividade na ciência brasileira

A rede e-Ciência, financiada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), surge como um avanço tecnológico em relação à Rede Ipê, que, atualmente, é a infraestrutura da RNP mais usada pelos centros de pesquisa do Brasil.

Segundo a RNP, atualmente, mais de 800 organizações, dos mais variados tipos e tamanhos, utilizam a Rede Ipê. Entre elas, estão universidades, institutos federais de educação, hospitais universitários, parques tecnológicos, museus e bibliotecas. Já a Rede e-Ciência será dedicada apenas a centros de supercomputação, laboratórios multiusuários e infraestruturas de pesquisa em geral.

Esse é o primeiro edital aberto para adesão à nova rede. A previsão da RNP e do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que supervisiona a iniciativa, é de que, em três anos, haja adesão de até 12 instituições à nova infraestrutura, ajudando a acelerar projetos e fomentar grandes centros de pesquisa brasileiros.

Atualmente, três instituições já participam de um projeto-piloto para uso da e-Ciência: o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), o SENAI-CIMATEC e o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC-INPE).

Investimento de mais de R$ 600 milhões

O edital da rede e-Ciência faz parte do programa "Conecta e Capacita", lançado em agosto do ano passado pelo MCTI. Na época, a pasta anunciou um investimento de R$ 640 milhões em infraestrutura de Internet e conectividade até 2026. O objetivo é ampliar a abrangência, qualidade e segurança da conectividade para educação e pesquisa no país.

Ao todo, serão implantados cerca de 40 mil quilômetros de fibra óptica ao longo do território nacional no decorrer do programa. A iniciativa vai beneficiar cerca de 1.600 universidades e institutos de pesquisa, 180 mil pesquisadores, 3.880 programas de pós-graduação e 12 ambientes de inovação e parques tecnológicos.

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