A subsidiária brasileira da empresa de conectividade móvel global Omnispace recebeu autorização da Anatel para operar o sistema de satélite não geoestacionário da companhia no País. A decisão se deu após a realização de uma consulta pública e análises técnicas do órgão regulador brasileiro.
A Anatel confirmou que a empresa cumpre os requisitos para usar a faixa S (1980-2010 MHz e 2170-2200 MHz), alinhando-se com as alocações globais do Serviço Móvel por Satélite (MSS) do Regulamento de Rádio da ITU e as especificações da banda n256 do Projeto de Parceria de 3ª Geração (3GPP).
O diretor de regulamentação e estratégia internacional da Omnispace, Mindel de la Torre, informou que a expectativa do grupo é conectar comunidades rurais e remotas, além de promover oportunidades econômicas, ambientais e educacionais no País. "Obter autorização para operar no Brasil tem sido um dos meus principais objetivos desde que ingressei na Omnispace", contou ele.
De acordo com a Omnispace, a aprovação representa importante marco e se soma ao crescente portfólio global de países em que a empresa já obteve aprovações regulatórias e acesso a espectro. A companhia disse ainda que agora tem capacidade de mercado para alcançar mais de 735 milhões de pessoas na América Latina, Ásia, África e Oriente Médio.
"Juntamente com parceiros que têm acesso ao espectro em bandas 3GPP 5G NTN, a Omnispace está preparada para fornecer acesso em todos os principais mercados internacionais como parte de um sistema NGSO 5G global de próxima geração", informou a marca, em nota.
O presidente e CEO da Omnispace LLC, Ram Viswanathan, comemorou a aprovação. "Estamos ansiosos para fornecer serviços MSS e IoT no Brasil, que está na vanguarda do cenário global para a criação de um ecossistema MSS harmonizado de banda S. […] Esta aprovação da Anatel é um componente chave para acelerar nossa visão de desbloquear todo o potencial da conectividade direta ao dispositivo, aproveitando globalmente a tecnologia baseada em padrões. O Brasil faz parte de um mapa global de países e de acesso ao espectro que montamos, o que nos coloca mais perto de criar a base necessária para uma experiência excepcional de voz, texto e dados", explicou Viswanathan.
Pilotos da Omnispace no Brasil
Desde 2019, a subsidiária brasileira da Ominispace demonstrou suas capacidades de NGSO MSS e IoT em seu sistema atual por meio de licenças experimentais no Brasil. Segundo a empresa, os projetos-piloto incluíram a exibição do MSS em um navio que percorreu mais de 44.000 quilômetros nos rios Amazonas e Madeira para fornecer conectividade em todas as áreas remotas, que não têm acesso à conectividade móvel terrestre.
A Omnispace também realizou projetos-piloto de rastreamento de veículos e Internet das Coisas (IoT) em São Paulo para testar comunicações diretas ao dispositivo (D2D). A empresa também é uma das fundadoras de nova entidade para o segmento.