A Telefônica pretende manter o investimento na casa dos R$ 8 bilhões em 2018, segundo revelou o diretor-executivo de receitas (COO) da empresa, Christian Gebara, em teleconferência para analistas nesta quarta, 21. A quantia é a mesma de 2017 (quando dedicou R$ 7,998 bilhões) e em linha com a projeção de investimentos do triênio 2017-2019 de R$ 24 bilhões divulgada em novembro de 2016, mas pode ser corrigida conforme a empresa consiga capturar eficiências. "Por ora, o Capex será de R$ 8 bilhões, e vamos ver se reduzirá. Estamos em busca de sinergias", disse.
A companhia obteve desempenho positivo no segmento móvel, mas imagina que ainda há potencial. "Vemos oportunidades, metade da base é 4G, mas a cobertura atinge 85% da população", declara Gebara. "Mais consumidores em 4G consomem mais dados", complementa. Atualmente, 46% da base da Vivo utiliza tecnologia LTE. A ideia é promover a quarta geração com upselling de dados em planos híbridos e família.
Para tanto, a operadora se dedicou a ampliar a infraestrutura e capacidade. A tele encerrou 2017 com 2.084 cidades cobertas com 4G, sendo 118 municípios com a 4G+ (nome comercial da LTE-Advanced na empresa). Além disso, a faixa de 700 MHz, disponível após o switch-off da TV analógica ou onde não há problemas de interferência, já está presente em 404 cidades. A companhia ainda diz que aumentou em 51% a quantidade de sites cobertos por fibra no ano passado.
Fixo
A Vivo continua apostando na fibra também no fixo. Apesar de as conexões xDSL terem aumentado um pouco mais a receita em 2017 (23,1%), a ultra banda larga (FTTx) cresceu 22,4% e faturou mais no último trimestre – R$ 754 milhões, contra R$ 499 milhões da tecnologia baseada em cobre. Considerando somente a fibra até a residência (FTTH), a receita aumentou 22,7%.
Em termos operacionais, foram 92 mil adições com FTTH, um avanço de 51,7%. A companhia encerrou 2017 om 18,4 milhões de acessos FTTx, dos quais 7 milhões eram FTTH e 11,4 milhões eram FTTc. "Daqui para frente, só colocamos em FTTH, o crescimento será todo nisso", diz Gebara.
No segmento de TV paga, "o foco é (também) no IPTV, que tem maior lucratividade do que DTH", compara o executivo. Ele acredita que já no próximo trimestre, a Vivo voltará a registrar crescimento na base. "Estamos otimistas em curto prazo."
A Vivo precisa é ir para outros bairros da capital SP onde só tem apenas o velho par metálico.