De acordo com fonte da Anatel, a compra da TCO pela joint venture Brasilcel (Telefônica e Portugal Telecom) será uma nova variável que poderá até mesmo dificultar o atendimento ao pleito da Brasil Telecom (BrT), da Vésper e dos fornecedores CDMA para que seja liberada a operação de licenças de SMP na faixa de 1,9 MHz. Isto porque, a Anatel precisará agora avaliar se uma decisão favorável ao pedido beneficiaria a tecnologia adotada por um grupo que, depois da aquisição da operadora do Centro Oeste, domina mais da metade da base de assinantes de telefonia móvel do País (cerca de 54%).
Até o momento, a reivindicação das empresas ainda não chegou à análise do conselho diretor da Anatel e nem existe qualquer decisão tomada. Sabe-se, contudo, do interesse das duas operadoras, assim como dos fornecedores, na liberação para o serviço móvel de faixas de 5 MHz dentro do espectro de 1,9 GHz, originalmente reservadas para o serviço telefônico fixo sem fio (WLL), em vez de atuar em 1,8GHz, a faixa vinculada às novas licenças.
O interesse das operadoras é de usar a faixa de 1,9 GHz em caráter secundário. Já os fornecedores querem ir além, obtendo da Anatel a garantia de uso em caráter primário para as mesmas faixas. Isso seria ainda mais complicado, revela a fonte da Anatel, uma vez que o uso primário implica reservar não apenas as faixas de 5 MHz mas também dar garantias contra interferências.
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