Oi volta atrás e troca BTG por credores em refinanciamento de empréstimo

Foto: Pexels/TELETIME

A Oi comunicou ao mercado nesta quarta-feira, 20, que recebeu e aceitou uma proposta alternativa de credores financeiros da companhia (o chamado Ad Hoc Group) para refinanciar o empréstimo emergencial DIP (do inglês Debtor-in-Possession) contratado em abril. As novas condições incluem liquidez adicional de US$ 125 milhões para a tele.

A decisão representa uma mudança no caminho seguido pela Oi, que havia recebido no início de dezembro autorização da Justiça para refinanciar o empréstimo DIP ao lado do BTG Pactual. Até aquele momento, a operadora considerava proposta da instituição mais vantajosa que os termos oferecidos pelos credores.

A reviravolta ocorreu após "longas negociações" envolvendo a tele, o banco e os credores. Na discussão, a Oi concluiu que a nova proposta apresentada pelo Ad Hoc Group traria condições mais atrativas que o acordo DIP original e que o refinanciamento contratado com o BTG. A desistência desta última operação foi tomada de forma consensual junto ao banco, que renunciou da cobrança de taxas de rescisão.

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Entre as vantagens das novas condições estariam "liquidez adicional" de US$ 125 milhões (cerca de R$ 605 milhões, na cotação atual), que poderão ser destinados para necessidades de capital de giro de curto prazo e investimentos na manutenção das atividades da operadora. A garantia para o empréstimo é a alienação fiduciária de 95% das ações de emissão da Oi na V.tal, empresa de infraestrutura que tem a tele como acionista minoritária.

O desembolso de tal liquidez adicional, contudo, está sujeito a determinadas condições. Uma delas é a autorização do Juízo da segunda recuperação judicial da companhia.

Com os novos recursos, o valor total do financiamento DIP foi aditado para até US$ 400 milhões. No empréstimo emergencial original, as cifras eram de US$ 275 milhões, incluindo primeira parcela de US$ 200 milhões recebida pela tele em junho. Já a segunda parcela (a chamada tranche 2) de US$ 75 milhões foi pivô da controvérsia original com credores; diante da previsão da nova liquidez adicional, ela não será desembolsada.

O prazo de vencimento do novo empréstimo é em 15 de dezembro de 2024 e os custos (incluindo taxas e juros) são de 12,5% ao ano, sendo 7% pagos com recursos do caixa da Oi e 5,5%, na modalidade PIK (Payment In Kind), onde os juros não são pagos em dinheiro, mas acumulados no valor principal do empréstimo.

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