Uma das primeiras a contratar redes neutras para a expansão da cobertura de banda larga, a Vero acredita que a busca por um modelo econômico-financeiro equilibrado para clientes do serviço será o grande desafio para o formato em 2022.
"Será necessário um modelo econômico-financeiro mais estudado e viável, porque os modelos ainda não são pró-negócio", defendeu o CEO da Vero, Fabiano Ferreira, em conversa com TELETIME. "Esse mercado vai ser verdadeiramente pujante quando tiver melhor equilíbrio com o parceiro também, uma relação maior de 'win-win'. Talvez isso não aconteça em 2022, mas com o passar do tempo vai".
Operacionalmente, a avaliação sobre o modelo é positiva, até por permitir um serviço muito similar ao entregue pela Vero com rede própria. Segundo Ferreira, o uso da rede neutra será a "terceira via" para a expansão da companhia, além do crescimento orgânico e do via aquisições.
A empresa utiliza o serviço há sete meses, com presença em duas cidades a partir de rede da V.tal (que nasceu da separação de infraestrutura da Oi, embora continue sendo controlada pela tele). Ferreira afirma que as duas praças são altamente competitivas e que apesar de somar cerca de 850 clientes em ambas, a Vero estaria capturando um terço do crescimento nas praças.
"São cidades com quatro a oito ISPs com fibra ou grandes empresas", pontuou o CEO, notando que a própria Oi é uma das concorrentes. Além de testar novas cidades em 2022, a Vero também cogita trabalhar com outras empresas do segmento neutro.
5G
Com 24 mil km de rede, a operadora também pretende fechar negócio com as vencedoras do leilão de 5G que ingressarem nos município onde a Vero tem presença. "Estamos negociando e vamos ajudar players que ganharam o leilão a entregar 5G nas cidades em que atuamos", afirmou Ferreira.