Prejuízo da Nokia triplica no segundo trimestre, alcançando 1,5 bilhão de euros

Como já era esperado, o resultado financeiro da Nokia no segundo trimestre foi desanimador. A empresa registrou prejuízo líquido de 1,53 bilhão de euros. Para efeito de comparação, o prejuízo triplicou em relação ao mesmo período de 2011, quando as perdas registradas haviam sido de 492 milhões de euros. Entre janeiro e junho deste ano, a Nokia acumula um prejuízo líquido de 3,1 bilhões de euros. Os dados se referem à soma das três áreas de atuação da empresa: fabricação de celulares e venda de conteúdo móvel; oferta de serviços de localização e comércio; e  a venda de infraestrutura de redes móveis (neste caso, por meio da Nokia Siemens Networks).

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A receita líquida entre abril e junho foi de 7,54 bilhões de euros, o que representa uma queda de 18,7% em relação ao mesmo período do ano passado. As maiores reduções, em termos percentuais, foram verificadas na China (-33%), na Europa (-25%) e no Oriente Médio/África (-29%). Na América Latina, a diminuição foi de 12%. A única região na qual a Nokia obteve uma melhora na receita foi a América do Norte, com crescimento de 8%.

Separando-se as três áreas de atuação, o resultado foi pior na venda de celulares, justamente o carro-chefe da Nokia. A receita dessa área caiu 26% na comparação anual entre trimestres, baixando para 4 bilhões de euros. A receita da Nokia Siemens no período foi de 3,3 bilhões de euros, enquanto a área de localização e comércio registrou faturamento de 283 milhões de euros, ou 4% a mais que no segundo trimestre do ano passado.

Análise

O crescimento da Nokia nos EUA é reflexo do esforço da empresa em conquistar espaço no mercado mais influente do mundo. A companhia finlandesa nunca teve uma participação relevante naquele país, mas vem tentando mudar esse cenário desde a contratação de Stephen Elop, um executivo norte-americano que fez carreira na Microsoft. Para o lançamento do seu smartphone high end Lumia 900 em versão 4G (LTE) para a frequências dos EUA houve um grande investimento de marketing por parte da Nokia no começo deste ano.

Entretanto, enquanto direciona seu foco para os EUA, a Nokia vai perdendo espaço no resto do mundo. Sua aposta é que a conquista do consumidor norte-americano lhe ajude posteriormente a recuperar mercado em outras regiões.

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