A desenvolvedora alemã Metaio criou uma plataforma para agregar conteúdos de realidade aumentada. Batizada de "Junaio", a ferramenta tem download gratuito para iPhone e terminais Android. Ela reúne um banco de dados com cerca de 500 canais, compostos em sua maioria por conteúdos que, se focados pela câmera do celular usando o programa, geram algum tipo de resposta do servidor. Esses conteúdos podem ser códigos de barras ou imagens em 2D, como marcas, anúncios ou cartões de visita. E as respostas variam entre uma animação, um vídeo, uma imagem em 3D ou simplesmente informações em texto adicionais. Segundo o vice-presidente de novos negócios da Metaio, Daniel Gelder, cerca de 5 mil novos canais para interação via realidade aumentada estão sendo criados neste momento para a Junaio por desenvolvedores do mundo inteiro.
Qualquer pessoa ou empresa pode abastecer gratuitamente a plataforma com conteúdos de realidade aumentada. Mas, se houver vendas de produtos ou lucro com publicidade, a Metaio fica com uma pequena participação. Para as empresas que preferirem programar seus próprios aplicativos móveis de realidade aumentada em vez de usar a Junaio, a Metaio oferece um SDK (software development kit) para iOS e Android, pelo qual cobra uma taxa de licenciamento.
Uma nova versão da Junaio será lançada em meados de agosto. Entre as novidades, estará a detecção automática de conteúdos interativos de realidade aumentada, sem a necessidade de busca e seleção a priori via texto. Para outras versões futuras a Metaio deve incluir também a leitura de objetos em três dimensões. Isso, contudo, depende de smartphones dual core, pois requer maior poder de processamento.
O executivo está no Brasil esta semana para uma série de apresentações e encontros de negócios no Rio de Janeiro e em São Paulo. Embora a Metaio tenha escritórios apenas na Alemanha e nos EUA, Gelder se mostra otimista quanto ao potencial do mercado brasileiro. "Em 2005, ajudamos na elaboração do primeiro anúncio da Volkswagen que usava realidade aumentada. Depois da Alemanha, o país de onde recebemos a maior quantidade de acessos foi o Brasil. E o site era todo em alemão", recorda entusiasmado. Gelder fará palestras em eventos da Oi e do Senai esta semana.
