O presidente da Oi, Zeinal Bava, destacou em teleconferência para analistas financeiros nesta quarta-feira, 19, a melhora do desempenho da companhia no quarto trimestre em comparação com o terceiro trimestre. De fato, nessa comparação, houve aumento da receita líquida em todos os segmentos: residencial (+1,6%), mobilidade pessoal (+2,5%) e corporativo/PMES (+0,5%). E isso foi obtido apesar da redução no Capex e da limpeza da base de linhas fixas, com o intuito de diminuir as provisões para devedores duvidosos (PDD). Ou seja: apesar da diminuição na base de clientes, a receita cresceu, pois os que ficaram foram rentabilizados e aumentaram seu gasto médio mensal. Bava ressaltou ainda que o churn no quarto trimestre foi o menor dos últimos três anos na companhia.
"Temos três prioridades na Oi: corrigir a trajetória de cash flow, aumentar a produtividade e continuar a crescer. O quarto trimestre representa um bom progresso, uma evolução positiva face o terceiro. Estamos fazendo mais com menos", resumiu o executivo durante a teleconferência, reiterando a expressão que passou a adotar quando assumiu a direção da Oi.
Sobre a dívida líquida, que aumentou 21% em um ano, atingindo a casa dos R$ 30 bilhões, o presidente da Oi ressaltou que isso aconteceu em razão do pagamento do Refis (R$ 709 milhões) e do adiantamento dos dividendos deste ano (R$ 476 milhões). Além disso, a empresa antecipou o pagamento de sua licença 3G no ano passado. A dívida da Oi praticamente não tem exposição cambial e 60% vence após 2017. No final das contas, a dívida líquida ficou abaixo do que os analistas haviam projetado, disse Bava.