Em 2027, a América Latina deve ter 134 milhões de assinantes de banda larga; e 69% deles (ou seja, 92 milhões) serão do tipo fiber to the home (FTTH). Os números são de estudo da SmC+ Digital Public Affairs encomendado pela Fiber Broadband Association (FBA).
Para efeito de comparação, em 2022 o número de pagantes pelo serviço na região era de 111 milhões segundo o relatório, sendo 57 milhões (51%) na fibra, contra 54 milhões (49%) de pagantes de outros tipos de tecnologia para conectividade banda larga.
Entre os países com maior crescimento, a pesquisa listou o Brasil, México, Colômbia e Argentina. Os números do relatório foram obtidos a partir da coleta de dados dos principais participantes e agências reguladoras em 18 países latino-americanos – conforme explicado pela SmC+ Digital.
A empresa também estima que existiam 114 milhões de casas passadas (HPs, na sigla em inglês) com fibra na América Latina até 2022. A cifra representaria aumento de 12,3 milhões de casas cobertas, na comparação com 2021.
Também há estimativa que o número tenha chegado em 122 milhões de HPs em 2023, com horizonte de 140 milhões de HPs com fibra em 2027.
Expressivo, mas desafiador
Segundo a SmC+ Digital, apesar do mercado de fibra na América Latina já se considerado expressivo, "a região ainda tem espaços-chave para a implantação de novos projetos de fibra óptica e atualizações de infraestrutura".
Além da demanda crescente de tráfego, outros desafios foram apontados. Entre eles, dificuldades com parcerias público-privadas; gargalos no fornecimento; difícil cobertura em áreas rurais, que pode envolver custos elevados de implantação e menor recurso financeiro devido à baixa densidade populacional; e, por fim, vandalismo – um tema que suscita preocupações no Brasil devido ao aumento significativo no número de roubo e furto de cabos.
Também existem as preocupações relacionadas à sustentabilidade ambiental – ou seja, implantar e manter a infraestrutura de telecom de modo a minimizar os impactos no meio de instalação.
Além do estudo da FBA, a mesma SmC+ Digital Public Affairs recentemente projetou que o Brasil terá 170 mil sites de telecom em 2032.