Entramos em 2023 com um cenário muito mais competitivo entre os provedores de serviços de internet. O impulso dado pelo home office, em 2020, somado a uma demanda reprimida por mais banda larga e à elevada capacidade de transmissão que as redes neutras estão trazendo para o mercado, alavancou a competição entre os provedores de internet e operadoras.
Monitorar os gastos, as perdas e concentrar o foco em produtos de alta performance serão os diferenciais daqui para frente. Nenhum usuário quer – e pode – ficar sem internet em casa. A dependência desse serviço é cada vez maior, seja para as reuniões virtuais de trabalho no home office, para o uso de dispositivos IoT (Internet das Coisas) e até para a TV on demand – toda a casa hoje está conectada. A paciência do usuário também diminuiu e, com o aumento da oferta, uma interrupção prolongada do serviço é suficiente para levá-lo a uma busca por outro provedor e, ainda, a fazer reclamações públicas nas redes sociais.
Equilibrar os custos de uma operação, considerando as topologias de rede de acesso, sem redundância e alta disponibilidade, intensifica a demanda por novas tecnologias. É o caso da nova geração de redes ópticas orientadas a multisserviços, composta por produtos pré-conectorizados, que permitem a instalação e recuperação da rede de forma rápida, com o monitoramento georreferenciado da rede em tempo real.
A adoção de soluções pré-conectorizadas na construção e manutenção da rede garante que qualquer técnico possa executar o serviço, basicamente, conectando os elementos – não é preciso realizar fusões ou conectorização em campo. O tempo de instalação da infraestrutura de rede, um dos principais desafios enfrentados por operadoras e provedores de serviços, é um dos ganhos importantes propiciados por esse tipo de solução: para a instalação de um ramo completo de 64 assinantes, a redução no tempo chega a 75%. Além disso, a montagem e teste dos conectores na fábrica traz ainda outra vantagem: a garantia de qualidade da rede.
Afinal, a qualidade da rede é fundamental para assegurar a oferta de um bom serviço e, consequentemente, a satisfação do usuário. Na nova geração de redes ópticas orientadas a multisserviços, diversos recursos tecnológicos são combinados de modo a permitir o monitoramento da qualidade e disponibilidade da rede em tempo real. A solução transforma as caixas de emendas em sensores da rede, medindo a potência óptica que está chegando, a abertura e a aceleração das caixas em três eixos. Com o sensoriamento em tempo real, se ocorrer uma alteração ou problema iminente na rede, o sensor avisa imediatamente o NOC sobre a falha e a caixa específica e, automaticamente, o sistema localiza o técnico mais próximo, abrindo a solicitação de manutenção corretiva.
Além de sensores IoT, o monitoramento e gestão da nova geração de redes ópticas inclui outros recursos, como módulos WFM (Work Force Management) e OSP. Quando conectados de forma nativa, dentro do mesmo ecossistema, esses módulos trazem para o provedor ou operadora a possibilidade de visualização, em tempo real, de eventuais problemas na rede, sua localização, clientes afetados e quem deverá realizar as ações necessárias para corrigir a falha, bem como o tempo gasto para isso – com comparação ao SLA planejado.
Com o monitoramento preciso e em tempo real, a nova geração de redes ópticas orientadas a multisserviços disponibiliza informações valiosas para o negócio de operadoras e provedores de serviços de internet. E, ao garantir a qualidade e disponibilidade da rede, contribui para a satisfação e a fidelidade dos seus clientes.
*Daniel Blanco é gerente de Engenharia de Vendas e Inovação da Furukawa Electric LatAm. As opiniões expressas nesse artigo não necessariamente representam o ponto de vista de TELETIME.
