Pico dos investimentos da Vivo passou, afirma CEO

Vivo
Foto: Divulgação

Ao comemorar a marca de 25 anos de listagem na bolsa de valores brasileira e apontar R$ 530 bilhões em investimentos acumulados desde 1998 (em valores corrigidos mais aquisições), a Vivo também indicou ter atingido o seu "investimento histórico" em 2022, no que pode ter sido o pico do capex da operadora.

"Talvez o ano passado foi o ano que atingimos o capex mais elevado, de R$ 9,5 bilhões, e adicionalmente a gente entrou no leilão de 5G e compramos ativos da Oi Móvel. Então o auge dos investimentos da empresa em infraestrutura como a gente conhece passou", afirmou a jornalistas o CEO da Vivo, Christian Gebara, em evento na B3 realizado em São Paulo nesta quarta-feira, 18.

O segmento de fibra óptica foi dado como exemplo. Gebara lembrou que a empresa tem quase 25 milhões de casas passadas (HPs) com o serviço (contando a rede da FiBrasil) e meta de atingir 29 milhões de HPs no ano que vem. "Mas agora a partir dos 30 milhões, já começam a existir alternativas: construo, compro ou uso?", questionou o CEO, destacando as diversas opções de redes neutras no País.

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Com a chegada do 5G e o crescimento na demanda por dados, outro paradigma seria conciliar investimentos em capacidade de rede e aqueles em expansão de cobertura. "O capex precisa dar conta desses dois objetivos. Quando o aumento de capacidade cresce de maneira muito acelerada, ele vai contra os recursos que eu poderia colocar em expansão da infraestrutura", apontou.

Neste sentido, o pleito das teles por contribuição de grandes empresas de Internet nos investimentos de rede foi destacado – ou o chamado fair share, defendido de forma global por grandes operadoras de telecom (que têm a Telefónica, dona da Vivo, como presidente da entidade setorial GSMA).

"Se olhar o investimento sobre receita, as operadoras no Brasil com dados públicos têm um índice muito mais elevado de qualquer outro país ocidental. Algo disso vai ser insustentável se não existir um debate muito mais aberto sobre como cada uma tem que contribuir para essa situação", notou Gebara, apontando seis ou sete grandes grupos de tecnologia responsáveis por grande parte do tráfego.

M&A

O CEO da Vivo ainda reiterou que a tele segue avaliando oportunidades de aquisição na banda larga, mas que ainda não teria encontrado ativos que atendam aos requisitos geográficos, de qualidade de rede e de preço da companhia. Em paralelo, a operadora tem mirado empresas de outros segmentos, em meio à estratégia de se posicionar como uma empresa de tecnologia.

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