A audiência pública em Brasília para discutir a proposta da Anatel para os contratos do STFC e o Plano Geral de Metas de Qualidade (PGMQ), que entrarão em vigor em 2011, teve baixíssima participação da sociedade. As duas etapas de debate terminaram bem antes do previsto – o debate sobre os contratos durou apenas duas horas e o do PGMQ, somente uma hora. E as contribuições ao vivo para a melhoria do texto também foram tímidas.
Com relação aos contratos, a Anatel ouviu cobranças da Telcomp para que a agência agilize a produção do Plano Geral de Metas de Competição (PGMC), considerado pela entidade um instrumento obrigatório e necessário para a regulação daqui em diante no setor de telecomunicações. Em resposta, o gerente-geral de Competição da Superintendência de Serviços Públicos (SPB), José Golçalves Neto, assegurou que a Anatel está trabalhando no tema e que o PGMC estará vigente bem antes de os novos contratos começarem a valer, em 2011.
À tarde, o debate sobre a proposta do novo PGMQ se resumiu a dois pontos levantados pela Legião da Boa Vontade (LBV) e pela Fittel. A LBV pediu à Anatel tratamento diferenciado para as entidades filantrópicas, eximindo-as da exigência de confirmação, por escrito, das doações faturadas nas contas telefônicas. O gerente de acompanhamento e controle de qualidade da SPB, Rui Hiroshi, recordou que este é um pedido antigo das entidades que recolhem doações, mas sinalizou que não há intenção da agência em alterar a proposta neste aspecto. "Não há a menor obrigação de ser cobrada (a doação) no documento de cobrança do STFC. Mas, se for usado o documento de cobrança, as entidades têm que usar os parâmetros de qualidade definidos para o STFC", afirmou.
Novos contratos