A Embratel registrou lucro líquido de R$ 43 milhões (prejuízo de R$ 213 milhões no último trimestre do ano passado) no balanço do primeiro trimestre deste ano, o que significa um aumento de 839% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. O Ebitda foi de R$ 465 milhões, o que representa uma margem Ebitda de 24,5%. As receitas líquidas foram de R$ 1,896 bilhão. Na longa distância internacional, a carrier apresentou cerca de 10% de redução na receita, enquanto que a longa distância nacional caiu pouco mais de 3%.
A dívida líquida atingiu R$ 2,372 bilhões ante os R$ 2,598 bilhões de dezembro do ano passado. A Embratel realiza, no momento, um aumento de capital de R$ 1,8 bilhão. Até o dia 11 deste mês, segundo o balanço, 46% das ações haviam sido subscritas.
Análise
Segundo relatório do Credit Suisse First Boston (CSFB), os resultados da Embratel poderiam exceder as expectativas do mercado. Para o banco, o Ebitda pode crescer 4% em relação ao ano passado (aumentou 3,6%), com a margem Ebitda passando de 23% para 24% (ficou em 24,5%). Isso reflete um progresso do novo gerenciamento da Embratel sobre o controle dos custos, assinala o relatório. O CSFB previu em seu relatório receitas de R$ 1,8 bilhão (-0,6% em relação ao primeiro trimestre do ano passado), Ebitda de R$ 453 milhões (R$ 434 milhões no ano passado) e lucro líquido de R$ 41 milhões (foi de R$ 43 milhões), ou 789% (pelo balanço, foi de 839%) a mais que os R$ 5 milhões registrados no mesmo período do ano passado.
Brasil Telecom
O balanço do primeiro trimestre deste ano da Brasil Telecom (BrT), previsto para ser publicado nesta terça-feira, 19, deve registrar uma queda de 26% no lucro líquido do ano passado para este ano. Segundo relatório do CSFB, o lucro líquido da BrT deve ser de R$ 55 milhões (R$ 74 milhões no primeiro trimestre de 2004). Esse resultado é por conta do impacto da BrT GSM, que em março atingiu um milhão de assinantes. Assim, o Ebitda deve crescer pouco, cerca de 2%, e passar dos R$ 853 milhões do ano passado para R$ 869 milhões. As receitas totais da BrT devem crescer quase 19% e passar de R$ 2, 075 bilhões para R$ 2,465 bilhões. A margem Ebitda registra o impacto dos investimentos na BrT GSM e deve cair para 35%, ante os 41% registrados no ano passado. De acordo com o CSFB, isso se deve ao investimento realizado e ao baixo valor das contas (em sua maioria, pré-pagas). O relatório do CSFB não faz menção ao processo de reestruturação societária da BrT e nem sobre os reflexos dessa mudança nos resultados da operadora.