Fundos de pensão e Citibank estão efetivamente preocupados com a possibilidade de o grupo Opportunity ter, nos últimos anos, adquirido significativas parcelas das empresas por ele administradas diretamente em bolsa. Um levantamento feito no ano passado mostrava mais de R$ 300 milhões em ações das diferentes empresas de telecomunicações geridas pelo grupo de Daniel Dantas no portfólio de fundos do Banco Opportunity. A preocupação ganha respaldo com a recente descoberta de acordos de tag-along assinados pelo Opportunity que dariam a ele o direito de venda de 100% dessas ações nas mesmas condições que o Citibank vendesse. Reportagem da revista Veja desta semana, que entrevistou Daniel Dantas, diz textualmente: "Embora tenha investido muito pouco de seu próprio dinheiro na formação do fundo, Dantas discretamente passou a comprar do mercado fatias importantes das ações das empresa". No ano passado, TELETIME News questionou a CVM sobre essa possibilidade, já que o Opportunity é gestor de diversos fundos de investimento. Em resposta, a CVM disse: "Qualquer investidor no mercado (seja fundo, acionista controlador ou minoritário) está obrigado a abster-se de operar quando detiver informação privilegiada. No caso de acionistas controladores, este controle é mais fácil (ao menos quanto às operações efetuadas diretamente em nome do controlador), pois quando se torna público o fato relevante, basta à CVM verificar se as negociações do controlador (inclusive fundo, se o for) fugiram do padrão por ele adotado". O medo dos fundos e do Citi é justamente o fato de que, até o momento, o Opportunity não ter tornado público nenhuma dessas aquisições.
Caso Opportunity