Com a adesão da Oi e da BrT GSM ao sistema anti-fraude mantido pela Associação Brasileira de Roaming, ABR, os usuários de todas as operadoras do SMP em qualquer um das tecnologias ficam protegidos contra o roubo de aparelhos. Atualmente, cada uma das operadoras de GSM tem seu próprio sistema de proteção, o que não impede que um aparelho roubado de um cliente da Oi, por exemplo, possa ser utilizado com um SimCard da TIM, Claro ou BrT GSM. Para proteger de forma unificada e em nível nacional os aparelhos GSM, a ABR vai utilizar a plataforma EIR (Equipamento Identificador de Registro) de propriedade da Oi, que permite à central identificar o aparelho onde está inserido o SimCard. O sistema deve começar a operar realmente em 180 dias. Os dirigentes da ABR não revelam os números relativos a roubos de aparelhos, e nem os valores reais do investimento necessário para proteger toda a rede: "podemos dizer que para proteger a planta GSM de todo o país, vamos gastar menos do dobro que a Oi gastou para instalar o seu próprio sistema, afirmou de forma enigmática, José Moreira, vice-residente da ABR, "o que é muito compensador", completou. Em tempo, para implantar o seu sistema, a Oi gastou em torno de R$ 1,8 milhões em 2002. O EIR será integrado ao Cadastro de Estações Móveis Impedidas – CEMI, da ABR, que já registra todos os aparelhos roubados ou desaparecidos das outras tecnologias que operam no país.
Forma de fraude
Os dirigentes da ABR garantiram que os sistemas anti-fraude não serão utilizados de forma alguma para impedir que um usuário inadimplente em uma operadora adquira um SimCard de outra e continue a utilizar seu handset. A ABR foi questionada a respeito da continuidade da estratégia de marketing que vem sendo utilizada pela BrT GSM, convidando usuários de outras operadoras que estejam com seus aparelhos bloqueados para comparecerem às lojas da BrT e adquirirem um chip "pula pula", desde que apresentem a nota fiscal do aparelho, tendo assim seus telefones desbloqueados. O diretor da BrT Celular, Paulo Mattos, respondeu que não via nenhum problema no uso desta estratégia, uma vez que, no GSM, o telefone está desvinculado do acesso (que é feito pelo SimCard), e que a estratégia teria continuidade.