A Oi comunicou ao mercado na madrugada desta sexta-feira, 17, o deferimento do pedido de entrada na segunda recuperação judicial. Com isso, comentou que deverá submeter o novo plano da RJ à ratificação em assembleia geral de credores da companhia antes de apresentar ao Juízo da 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Mas a empresa diz estar confiante no entendimento com os credores.
A operadora acredita que o acordo do início do mês ajudará neste primeiro momento. "A Oi reafirma a sua confiança de que, com o apoio de seus credores financeiros, com os quais chegou a um acordo sobre os principais termos comerciais para a restruturação de suas dívidas financeiras e um financiamento de longo prazo a ser concedido para suportar suas operações de curto prazo, conforme divulgado em Fato Relevante de 2 de março de 2023 e considerando sua capacidade operacional e comercial, será bem-sucedida na proposição e pré-aprovação de um plano de recuperação judicial que permita a busca de sua sustentabilidade de longo prazo, no melhor interesse de todos os seus stakeholders."
A julgar pelo histórico da Oi, pode não ser uma tarefa simples. Na primeira recuperação judicial, a aprovação dos planos anteriores ocorreram em circunstâncias diferentes. Em dezembro de 2017, foi necessário uma assembleia de credores de 14 horas de duração e que varou a madrugada no Rio de Janeiro para chegar a um denominador comum. No aditamento ao plano, a reunião aconteceu no auge da pandemia, em setembro de 2020, e demandou 12 horas de negociações.
Adiamento
Com a aprovação da segunda RJ, as negociações com credores e a anuência prévia da Anatel para a venda de torres da operação fixa (com o caixa retido por conta dos bens reversíveis) para a Highline, a empresa diz que houve alteração no cronograma dos trabalhos de auditoria independente. Por isso, diz que será necessário mais tempo para apresentar o balanço financeiro referente a 2022, que seria divulgado na semana que vem, dia 23.
A nova data prometida pela empresa é para o dia 26 de abril, "de modo a garantir a divulgação de informações precisas, consistentes e completas aos acionistas e ao mercado".
