A Claro já iniciou os testes com sua rede EDGE em São Paulo. O lançamento comercial deve acontecer em junho na capital paulista e no Rio de Janeiro, informou Marco Quatorze, gerente de marketing de serviços de valor agregado da operadora. Ele foi um dos palestrantes no primeiro dia do seminário Tela Viva Móvel, nesta quarta-feira, 17.
A Claro espera que serviços de valor agregado passem a representar 8% de sua receita líquida até o final do ano. Trata-se do dobro registrado atualmente. Em breve, a companhia ultrapassará a marca de 10 milhões de acessos/mês através de serviços incluídos no simcard. A quantidade de downloads de jogos, ringtones polifônicos e imagens, por sua vez, está em torno de 300 mil por mês. O tráfego mensal de SMS entre usuários é de 60 milhões de mensagens e deve dobrar até o final do ano.
Obstáculos
Em sua apresentação, Quatorze listou algumas das principais barreiras para o crescimento da receita de dados na telefonia móvel nacional. Uma delas é a resistência das próprias operadoras em dividir a receita oriunda de cartões pré-pagos com parceiros de conteúdo. ?Há muitos clientes pré-pagos que gastam um valor fixo com celular por mês. Enquanto eles usam apenas voz, o dinheiro fica todo com a operadora. Mas quando eles começarem a gastar seus créditos com serviços de dados, teremos que dividir o dinheiro com os parceiros?, explicou.
O executivo afirmou também que até o final do próximo ano empresas agregadoras e conteúdo livre representarão cerca de 75% do mercado de serviços de valor adicionado no Brasil. ?Agregadoras são empresas que fazem por conta própria a divulgação de um serviço que usa a rede da operadora. Alguns exemplos são redes de TV e rádio. Um bom exemplo no país é a votação do Big Brother por SMS?, explicou Quatorze.
