O Procon-SP pediu nesta quarta-feira, 17, explicações para as principais operadoras de telefonia do País (Claro, Oi, TIM e Vivo) a respeito da suspeita de vazamento de dados telefônicos de mais de 100 milhões de brasileiros.
O movimento ocorre dias depois da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) vinculada ao Ministério da Justiça solicitar esclarecimentos das empresas sobre o mesmo assunto. Já a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) está apurando as suspeitas desde a semana passada.
"As teles deverão confirmar se houve o vazamento de dados pessoais de suas bases e, em caso positivo, explicar os motivos do incidente, detalhar quais as medidas tomadas para contê-lo e e informar o que farão para reparar os danos causados pelo incidente", afirmou o Procon-SP, que também fez indagações sobre o cumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
A entidade fixou 72 horas para respostas, enquanto a Senacon pediu o esclarecimento dentro de 15 dias.
Esclarecimento
Responsável pela descoberta e pela publicidade do suposto incidente, a empresa de segurança digital Psafe também foi notificada pelo Procon-SP. O órgão paulista pediu que a firma esclareça como ocorreu o contato com o hacker que estava negociando as informações vazadas no mercado clandestino.
Além de números de telefone, dados como o tempo de duração de ligações e outras informações pessoais também teriam sido disponibilizadas. Claro e Vivo foram citadas pelos cibercriminosos como as operadoras que tiveram os dados vazados; por sua vez, as operadoras afirmaram não ter identificado incidentes do gênero.