Está sendo difícil para os controladores da Embratel definir o preço de subscrição de suas ações para o anunciado aumento de capital de R$ 1,9 bilhão. Isso porque, há risco de sérios desdobramentos negativos se errar na mão.
Por xemplo, há risco de baixo preço se a chamada fosse feita agora, com valor de mercado de R$ 2,63 bilhões, as novas ações implicariam uma forte diluição de capital para os minoritários, da ordem de 73%. Ou seja, para manter sua participação relativa, os investidores teriam que fazer um aporte de R$ 730 para cada R$ 1 mil em ações que possuem.
Por outro lado, há risco de preço alto, supondo que os controladores estipulem um preço mais elevado, aproximando as cotações das PN e ON, R$ 8,00, por exemplo, a situação não seria melhor para os minoritários. Além de uma diluição ainda alta, em torno de 60%, o aporte ficaria mais alto. Nesse caso, seria quase nulo o potencial de investidores interessados, obrigando o controlador a comprar as ações ? o que, é óbvio, diminuiria ainda mais a liquidez da Embratel no mercado.
É essa incerteza que está levando os investidores a evitar o papel, que voltou a cair nesta quinta-feira, 16: as ON tiveram perda de 2,79% (-24% desde a liquidação da oferta de aquisição de ações realizada na segunda-feira); as PN caíram 2,33%. A volatilidade das ações da Embratel deve continuar.