A Telebras promoveu nesta quinta-feira, 16, o segundo Workshop com representantes de órgãos da Administração Pública Federal para aproximar as ações de implementação da Rede Privativa Fixa Segura de Governo. Daniel Brandão, diretor substituto do Departamento de Política Setorial da Secretaria de Telecomunicações do Ministério das Comunicações (Setel/MCom), falou da importância da implantação da rede privativa, afirmando que o processo de construção da rede é um compromisso de Estado.
O presidente da Telebras, Frederico Siqueira Filho, reafirmou que se trata de um "projeto bastante audacioso e inovador no Brasil e se torna inédito pelo alto índice de segurança que cercará as comunicações do Governo Federal com a criptografia de Estado, que será exclusiva da Telebras".
Apresentações
Marcos Baeta, coordenador da Superintendência de Outorga e Recursos à Prestação da Anatel, representou o Gaispi e a agência, destacou o diferencial da robustez, resiliência e dupla abordagem da criptografia de Estado.
A Rede Privativa Fixa terá como base o núcleo SD-WAN (Software-Defined Wide Area Network), criptografia fim-a-fim e dupla abordagem em pontos com capacidade superior a 1 Gbps, com início em todas as capitais brasileiras e o Distrito Federal, para atender órgãos públicos federais e complementar as redes de governo já existentes. Ao todo, serão atendidos inicialmente 6.500 pontos.
Para Geraldo Segatto, diretor do projeto de redes privativas do governo federal da Entidade Administradora da Faixa de 3,5 GHz (EAF), a previsão é de atendimento de até 80 mil dispositivos de criptografia de dados para usuários da rede fixa e da rede móvel. Essa criptografia de estado é um pilar muito importante para o projeto, e a EAF está trabalhando em mecanismos para que os usuários tenham a mesma segurança na comunicação quando estiverem fora do ambiente da rede privativa.
A Telebras destacou um backbone de mais de 30 mil quilômetros de fibras ópticas, com 28,8 Tbps de transmissão de dados e conta com cerca de 4 mil equipamentos gerenciados.
O Workshop contou com a presença de representantes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ministérios da Justiça e Relações Exteriores, Ministério Público Federal, Caixa Econômica e Serpro.O primeiro Workshop ocorreu em 26 de outubro, e reuniu mais de 50 profissionais de telecomunicações e tecnologia da informação de diversos órgãos da Administração Pública Federal.