Foi concluído nesta quinta-feira,15, o processo de seleção das empresas que irão compor o Consórcio Aberto do Operador Neutro (ON) da Infovia 01 do Programa Norte Conectado, do Ministério das Comunicações (MCom). Foram classificadas 12 pessoas jurídicas e, inicialmente, selecionadas as empresas: Telefônica, TIM, Claro, Aquamar, ClickIP/ICOM Telecom, SEA Telecom, BR Fibra, Mobwire/DB3, Ozônio Telecom, PPLINK, VOCE Telecom e V.tal. O resultado foi divulgado pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP).
As empresas selecionadas irão operar, manter e explorar comercialmente, por 15 anos, com possibilidade de renovação, a infraestrutura de fibra óptica (backbone) que liga Santarém (PA) a Manaus (AM), passando pelos municípios de Óbidos, Juriti, Oriximiná e Terra Santa, no Pará, Parintins, Urucurituba, Itacoatiara e Autazes, no Amazonas. São, ao todo, 1.100 quilômetros de extensão.
"As empresas têm até três meses para formar o Consórcio Aberto e assinar os Termos de Cessão para iniciar a operação. A Infovia 01 está sendo implantada e deve ser entregue até o final de janeiro. A nossa expectativa é que até março a infraestrutura já esteja à disposição das empresas para explorarem o serviço", explica o diretor de projetos de infraestruturas do Ministério das Comunicações, Marcus Arrais.
Com a seleção inicial das 12 empresas, será preenchida totalmente a capacidade de pares de fibra ópticas disponibilizada ao setor privado nesta chamada. Outras duas empresas que também foram qualificadas, Easytech e Manaós, poderão integrar o consórcio em caso de desistência de algumas das selecionadas, nesta ordem.
Mais conectividade
Segundo a RNP, cada uma das consorciadas terá um par de fibra óptica disponível para explorar comercialmente. Essa exploração comercial envolve, por exemplo, a venda de pacotes a usuários finais ou compartilhando a infraestrutura com outras operadoras e provedores. Os pares de fibra óptica suportam até 40 canais ópticos, cada um com capacidade de pelo menos 100 gigabits por segundo (Gbps).
Para a secretária de Telecomunicações do Ministério das Comunicações (MCom), Nathalia Lobo, isso representa melhoria na prestação dos serviços. "Muitas empresas vão atuar e fazer o provimento final para o consumidor do Norte ter mais serviços, de mais qualidade e mais prestadores, o que enseja mais competição e preços melhores", destaca a secretária. As empresas deverão instalar as próprias redes nas cidades.
Além de ampliar os serviços de telecomunicações prestados diretamente aos brasileiros, a infraestrutura de rede de alta velocidade também viabiliza redes metropolitanas que levam conexão a instituições de ensino e pesquisa, hospitais, Unidades Básicas de Saúde e unidades do Poder Judiciário.
O diretor-geral da RNP, Nelson Simões, ressalta a importância desse modelo de gestão. "Isso mostra como uma política pública conseguiu dar uma solução sustentável. Um projeto com capacidade enorme vai atender uma demanda crescente, com baixo impacto ambiental e com grande resultado social", enfatiza. Simões destaca ainda que com a atuação do Consórcio Aberto ON, o setor público não terá custos para a manutenção da infraestrutura.