Agora que Citibank e fundos de pensão definitivamente colocaram o pé como controladores da Brasil Telecom, através da troca de conselho no Opportunity Zain (agora chamado de Zain Participações), a questão que se coloca é em relação à Telecom Italia, que é também acionista da BrT. Segundo fontes próximas aos fundos, as conversas com os italianos estão acontecendo, são difíceis, mas "não se compara a seriedade dos italianos com o baixo nível adotado até aqui pelo Opportunity", diz um interlocutor, tentando mostrar que há disposição ao diálogo a partir de agora. TELETIME News perguntou a esta fonte dos fundos se haveria a possibilidade de, assumindo o controle da Invitel no dia 23, a Telecom Italia ser autorizada pelo Citibank e pelos fundos de pensão a voltar ao bloco de controle, reassumindo posição de controladora. "Existe essa possibilidade e isso está sendo negociado. O que ninguém vai fazer é engolir sem discutir o prato preparado pelo Opportunity", em referência ao acordo firmado entre o grupo de Daniel Dantas e os italianos. "Os italianos tinham um acordo com o Opportunity em 2002 que não foi honrado. Nós vamos negociar essa volta em condições razoáveis para todos". A Telecom Italia tem pressa, contudo, pois entende que a Anatel deu até o dia 18 de julho para que BrT e TIM desfizessem as sobreposições de licença de SMP e longa distância. "É hora de conversar com calma com a Anatel sobre esse prazo, porque ele não faz sentido, uma vez que a Telecom Italia não voltou ao controle da BrT quando a Anatel estabeleceu o prazo e que houve uma clara disputa societária que dificultou essa determinação", diz a fonte.
Conflito entre sócios
